ESTIMATIVA DE ANIMAIS ERRANTES NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO

Animais errantes são aqueles que vagam pelas ruas, sem tutor definido, já que foram abandonados por quem tinha a obrigação legal de cuidar e amparar

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Animais errantes são aqueles que vagam pelas ruas, sem tutor definido, já que foram abandonados por quem tinha a obrigação legal de cuidar e amparar ou aqueles que já nasceram na rua, fruto de abandono anterior de seus pais, além da evidente falta de políticas públicas (informação/castração).

                                    Não há por parte do Poder Público Municipal censo animal para a exata definição dos números, mas estima-se que no município há 100 mil animais, de acordo com ONGs e demais instituições de proteção animal. A média seria de um animal abandonado para cada seis habitantes.

 (Fonte:https://www.revide.com.br/noticias/cidades/cerca-de-100-mil-animais-estao-abandonados-nas-ruas-de-ribeirao-preto/ ).

                                    No Brasil, existem hoje cerca de 30 milhões de animais abandonados/errantes nas ruas, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães.

(Fonte: https://www.anda.jor.br/2020/04/ong-alerta-para-aumento-de-abandono-de-animais-durante-pandemia-de-covid-19/ ).

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                                    Afora disso, há uma população de 170 mil animais sob os cuidados de ONGs.

(Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2020/05/14/animais-domesticos-nao-transmitem-a-covid-19-artigo-de-rosangela-ribeiro/).    

2.    AUMENTO DO ABANDONO DECORRENTE DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS.  

                                    Não bastando esses dados já preocupantes sobre a quantidade de animais errantes desamparados pelo Poder Público e parte da sociedade, notadamente o número de abandonos de cães e gatos aumentou consideravelmente em Ribeirão Preto/SP, assim como em demais municípios do país, em decorrência da pandemia do coronavírus.

                                    A justificativa para esse acréscimo baseia-se em dois fatores:

                                    O primeira é a falta de informação correta e técnica, em contrapartida com a disseminação de notícias sem respaldo científico acerca da transmissão do vírus de animais domésticos para os humanos. Isso gerou um alarde na população que, por medo de contaminação diante da pandemia, optou por abrir as portas e soltar os animais, ocasionando o abandono em massa de cães e gatos.

                                    Outro fator é a diminuição da renda da população, decorrente da pandemia. Diversas pessoas perderam o emprego, tiveram o contrato de trabalho suspenso, além de outras situações que comprometeram a renda familiar neste período. Deste modo, alegando que não tem condições de cuidar dos animais, alguns têm preferido abandoná-los à própria sorte.

3.    NÃO HÁ EVIDÊNCIAS DE QUE O COVID-19 INFECTE ANIMAIS DOMÉSTICOS:

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                                    Afirma a médica veterinária Mitika Hagiwara, conselheira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP): “Não existem evidências de que COVID-19 infecte os cães, gatos, bovinos ou qualquer outro mamífero doméstico”.

(Fonte: https://www.otempo.com.br/brasil/coronavirus-pets-nao-transmitem-para-humanos-1.2314962).

                                    Especialistas da área reforçam que não há comprovação de que pessoas transmitem o vírus para os seus animais, ou que o contrário possa ocorrer.

                                    Nesse sentido, imprescindível apresentar a Norma Técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinário do Estado de São Paulo, publicada em 16/04/2020. Na íntegra, destaca-se o seguinte trecho:

                                    “Dadas as recentes informações veiculadas pela mídia em que gatos, cães e até felídeos silvestres (cinco tigres e três leões até o momento) testaram positivo para o coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, ou tiveram suspeita de terem tido contato com vírus, é importante discutir a possibilidade de se esses animais possam ter sido realmente infectados e, se sim, quais medidas podem ser tomadas por veterinários e tutores.

                                    O Betacoronavirus que causa a COVID-19 (Coronavirus disease 2019), inicialmente denominado de 2019-nCoV, é chamado de SARS-CoV-2. É um coronavírus diferente dos que comumente acometem os gatos e cães, como o coronavírus entérico felino e o coronavírus canino, que são Alphacoronavirus e NÃO infectam os humanos.” (grifo nosso).

                                    Até o momento, não existem evidências de transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 de gatos domésticos para humanos, com somente o inverso sendo referido” (grifo nosso).

                                    Sendo assim, não existe necessidade de medo ou pânico com relação aos gatos e cães desenvolverem ou transmitirem o coronavírus que infecta os humanos (grifo nosso). Tampouco existe indicação da realização desse teste nos animais de companhia.”

(Fonte: https://www.crmvsp.gov.br/site/noticia_ver.php?id_noticia=7263)

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