Falta de médicos para darem encaminhamento às guias, sistema pouco informatizado e estrutura física deficiente. Esses são alguns dos problemas do Complexo Regulador, órgão que cuida do agendamento de consultas da Secretaria Municipal de Saúde. As informações foram colhidas no depoimento da diretora do Departamento de Avaliação, Controle e Auditoria (DACA), Dra. Sonia Ferri, em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, nesta sexta-feira, 15/07.
Durante duas horas, a servidora informou que nos últimos dez meses mais de 171 mil guias passaram pelo complexo, que está longe de ser totalmente informatizado.
“Muita coisa ainda é manual, infelizmente. Odontologia, por exemplo, é toda manual, tudo no papel”, declarou, acrescentando que o órgão que cuida da gestão de consultas perdeu muitos médicos reguladores e enfrenta problemas em razão disso.
O segundo servidor ouvido foi o gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim João Rossi, Dr. Humberto Grecca. Questionado pelo presidente da CPI, vereador Ricardo Silva, ele informou que hoje a maior demora para consulta está na área de clínica médica (vagas só para outubro) e ginecologia (vagas só para novembro).
Dr. Humberto também confirmou a perda de médicos nos últimos anos e que não tem como saber se as cartas enviadas a pacientes chegam ou não, lembrando sobre consultas. “Não fazemos com aviso de recebimento. Mandamos cartas simples.”
Os outros membros da CPI são Marcos Papa (Rede), relator, Bertinho Scandiuzzi (PSDB), vice-presidente, Viviane Alexandre (PSC) e Paulo Modas (PROS). O vereador André Luiz (PTN) também esteve presente a essa reunião.