CoronaVac: Cientistas divulgam relatório e alertam “países que utilizam não conseguirão conter a Covid-19”

Um estudo da Universidade do Chile revelou ser apenas 3% eficaz após a primeira dose, aumentando para 56,5% duas semanas após a segunda.

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Foto:: Montagem

Países como o Brasil e Chile, que dependem das vacinas contra a Covid019 da China, podem ser vulneráveis ​​a futuras ondas da doença, alertaram os cientistas nesta segunda-feria (12).

Especialistas disseram que a crise crescente no Chile deveria enviar um aviso ao resto do mundo de que as vacinas chinesas, incluindo a CoronaVac, são muito fracas para impedir a propagação do vírus, mesmo com um programa de imunização bem-sucedido.

Pelo menos 53 países, contando o Brasil, encomendaram doses das vacinas chinesas.

O fato de serem baratas e fáceis de armazenar as tornaram ideais para países que não possuem o equipamento especial para manter outros jabs em temperaturas ultra-baixas.

A autoridade de saúde da China reconheceram que a eficácia de suas vacinas não era ideal, em uma rara admissão pública no fim de semana.

Gao Fu, diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças, admitiu que “as taxas de proteção das vacinas existentes não são altas”.

O professor Ian Jones, virologista da Universidade de Reading, disseram que os números do Chile sugerem que as vacinas chinesas “não serão suficientes para impedir a circulação do vírus”.

Apesar de vacinar totalmente um quarto de sua população e receber uma dose única para 40%, o Chile viu sua taxa de infecção dobrar desde meados de fevereiro, passando de 177 casos diários por milhão para 372. Mais de 80% do país foi forçado a recuar para o confinamento.

O Chile está usando principalmente a vacina CoronaVac, fabricada pela gigante farmacêutica chinesa Sinovac, que um estudo da Universidade do Chile revelou ser apenas 3% eficaz após a primeira dose, aumentando para 56,5% duas semanas após a segunda.

Outro estudo no Brasil descobriu que a eficácia pode ser tão baixa quanto 50%, o que apenas atende ao limite da Organização Mundial da Saúde para uma vacina aceitável.

Vacina da AstraZeneca/Oxford será distribuída no Brasil.

Para efeito de comparação, as vacinas Pfizer e Moderna têm taxas de eficácia de 95% e 94%, respectivamente, enquanto a da AstraZeneca é de cerca de 79%.

Testes com dezenas de milhares de pacientes que receberam as vacinas dos EUA e da Grã-Bretanha descobriram que eles interromperam até 100 por cento das hospitalizações e mortes, em comparação com os 84% do CoronaVac.

Outra vacina fabricada na China pela empresa farmacêutica estatal Sinopharm parece ligeiramente melhor do que a CoronaVac, com 73% contra doenças sintomáticas. No entanto, como a China se recusou a publicar dados robustos em um jornal médico, os especialistas não podem ter certeza de quão eficaz a vacina realmente é. Mas os comentários de Gao no fim de semana sugerem que mesmo as autoridades chinesas não estão confiantes na vacina.

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Os cientistas temem que as vacinas chineses permitam que muitas pessoas escapem das fendas da imunidade, deixando uma proporção significativa da população vulnerável a adoecer gravemente com a doença. Mas eles admitiram que uma injeção acima de 50% de eficácia é melhor do que nada.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.