No mês em que se comemora a Campanha Julho Amarelo, programa Municipal de DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais, a Secretaria da Saúde realiza na próxima segunda -feira, dia 23 de julho, das 9h às 13h, na Esplanada do Teatro Pedro II, ações que consistem em oferecer à população vacinação contra hepatite B e testes para detecção da hepatite C.
As ações irão até dia 28 de julho. O foco é promover a educação preventiva e levar informação à população sobre as hepatites.
A vacinação foca o público-alvo formado por pessoas que nunca se vacinaram e para testagem de hepatite C, são pessoas acima dos 40 anos de idade e população-chave, formada por usuários de álcool e drogas, profissionais do sexo, comunidade LGBT, pessoas privadas de liberdade, em situação de rua, manicures, pedicures, podólogos, tatuadores, portadores de tatuagens, piercings e trabalhadores da área da saúde.
Para a coordenadora do programa municipal DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais, Lis Neves, o grande desafio é o diagnóstico da doença.
“Por ser uma doença de longa evolução e que, geralmente, não apresenta sintomas, essas pessoas podem ter se contaminado no passado e não sabem que têm o vírus. A infecção pode evoluir para formas mais graves como a cirrose ou o câncer hepático. Por isso a recomendação de realização do teste para hepatite C pelo menos uma vez na vida, com o objetivo de diagnosticar e tratar o mais precocemente”, explica.
A doença
A hepatite C é uma inflamação do fígado, causada pelo vírus HCV. Segundo estimativas atuais da Organização Mundial de Saúde, 6 a 10 milhões de pessoas são infectadas a cada ano no mundo, com 1,4 milhões de mortes. A grande maioria não sabe que tem a doença porque ela é assintomática durante muito tempo. Cerca de 70 a 85% dos infectados com o vírus da Hepatite C adoecem e 20% desses poderão evoluir para cirrose, após um período de 20 a 30 anos. Os pacientes com cirrose apresentam um risco acrescido de desenvolvimento de câncer de fígado.
A infecção pelo vírus da Hepatite B é transmitida principalmente pelo sangue e por via sexual, mas também pode ocorrer transmissão vertical, da mulher gestante para a criança. Os indivíduos com infecção crônica também apresentam risco de doença hepática avançada (cirrose, câncer de fígado) após um período variável de tempo, cerca de 10 a 30 anos.
As hepatites virais B e C, podem ser transmitidas através de relação sexual sem preservativo, pelo uso compartilhado de agulhas, seringas, navalhas, materiais para manicure e pedicure, aparelhos de barbear, por equipamentos não esterilizados em procedimentos médico-odontológicos, tatuagem, colocação de piercing e acupuntura. A mãe infectada com o vírus da hepatite B também pode transmitir a doença para o bebê.