Calor e mosquitos, como proteger as crianças?

A chegada da primavera trouxe de volta o calor e, com ele, nuvens de pernilongos que têm atormentado os moradores de grandes cidades

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Pediatra orienta como prevenir picadas e doenças transmitidas por insetos

A chegada da primavera trouxe de volta o calor e, com ele, nuvens de pernilongos que têm atormentado os moradores de grandes cidades, como a capital paulista. Médico pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o Dr. Paulo Telles conta que passou a receber diversas mensagens dos pais, preocupados com a proteção das crianças.

“É muito importante lembrar que esses insetos podem ser vetores de doenças sérias, como dengue, malária e febre amarela. Sem contar que podem causar reações alérgicas incômodas, como coceiras, feridas e bolhas que infectam, uma vez que a turminha coça bastante”, destaca.

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A prevenção ainda é a melhor forma de evitar as picadinhas e há diversas formas:

– Proteção mecânica: janelas fechadas, telas nas janelas, mosquiteiro no berço. “Uso de ventiladores e ar-condicionado pode ajudar bastante também”, diz Dr. Paulo.

Caça aos mosquitos: uso de raquetes elétricas ou panos antes de colocar o bebê no berço ou a criança na cama.

Inseticida: é uma substância química ou orgânica, derivada de plantas, capaz de matar insetos. As características ideais de um repelente são repelir muitas espécies simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxico, ter pouco cheiro, ser resistente à abrasão e à água, cosmeticamente agradável e economicamente viável. Infelizmente, nem sempre estes requisitos podem ser cumpridos. “Os repelentes de insetos vêm em muitas formas, incluindo aerossóis, sprays, líquidos, cremes e bastões”, enumera o pediatra.

Repelentes: podem ser feitos com produtos químicos ou ingredientes naturais. “É importante alertar que pulseira embebida em inseticida; e ingestão de alho ou vitamina B1 oral não são medidas eficazes para repelir insetos, nem o uso de dispositivos ultrassônicos que emitem ondas sonoras”, conta Dr. Paulo. Os melhores repelentes são à base de DEET ou de Icaridina.

“A Academia Americana de Pediatria recomenda que os repelentes não contenham mais do que 30% de DEET quando usados em crianças. E Icaridina em concentrações de 20%”, ensina.

Confira algumas dicas para usar repelentes com segurança:

· Leia o rótulo e siga todas as instruções e precauções.

· Aplique repelentes de insetos apenas na parte externa das roupas do seu filho e na pele exposta.

· Pulverize inseticidas em áreas abertas para evitar respirá-los.

· Use repelente apenas o suficiente para cobrir as roupas e a pele exposta do seu filho. Usar mais não torna o repelente mais eficaz. Evite reaplicar, a menos que seja necessário.

· Ajude a aplicar repelente de insetos em crianças pequenas. Supervisione crianças mais velhas ao usar esses produtos.

· Lave a pele de seus filhos com água e sabão para remover qualquer repelente quando eles voltarem para dentro de casa e lave suas roupas antes de usá-las novamente.

NUNCA!

– Nunca aplique repelente de insetos em crianças menores de 2 meses.

– Nunca borrife repelente ou inseticida diretamente no rosto. Em vez disso, borrife um pouco nas mãos e, depois, passe no rosto da criança, evitando os olhos e a boca.

– Não borrife repelente de insetos próximo da boca, feridas ou pele irritada.

– Não use produtos que combinem DEET com protetor solar. O DEET pode tornar o fator de proteção solar (FPS) menos eficaz. Esses produtos podem expor demais o seu filho ao DEET porque o protetor solar precisa ser reaplicado com frequência.

Dr. Paulo Nardy Telles

CRM 109556 @paulotelles

• Formado pela Faculdade de medicina do ABC

• Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP

• Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP

• Título de Especialista em Pediatria pela SBP

• Título de Especialista em Neonatologia pela SBP

• Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012

• 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.

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