Zona Leste lidera com 5.609 infecções; falhas na gestão de Ricardo Silva expõem população ao caos sanitário. UPAs colapsam enquanto ações preventivas falham.
Especialista em saúde pública do portal Em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.
📌 RESUMO DA CRISE
Ribeirão Preto registra 18.892 casos de dengue em 2025, com a Zona Leste como epicentro (5.609 diagnósticos). Seis óbitos foram confirmados e outros seis estão sob investigação 25. A gestão de Ricardo Silva é acusada de negligência: fumacê aplicado tardiamente, fiscalização frágil e telemedicina ineficaz para casos graves. Enquanto isso, UPAs estão superlotadas e a vacinação patina (apenas 14% do público-alvo com segunda dose)

🗺️ MAPA DA EPIDEMIA POR REGIÃO (DADOS ATUALIZADOS EM 28/MAIO)
Região | Casos Confirmados | % do Total |
---|---|---|
Zona Leste | 5.609 | 30% |
Zona Oeste | 4.645 | 24% |
Zona Sul | 3.907 | 21% |
Centro | 2.466 | 13% |
Zona Norte | 2.248 | 12% |
Fonte: Painel das Arboviroses de Ribeirão Preto.
⚠️ FALHAS GRAVES NA GESTÃO SILVA
- Telemedicina ineficiente
Casos classificados como “leves” (A e B) são atendidos remotamente, mas pacientes agravam sintomas sem monitoramento presencial. A estratégia ignora que dengue exige hidratação contínua e exames de sangue. - Fiscalização negligente
Terrenos baldios e descarte irregular de lixo proliferam criadouros do Aedes. Em Sertãozinho (região metropolitana), a falta de ações preventivas na seca elevou casos para 675 em janeiro (vs. 5 em 2024) 5. Ribeirão não replicou mutirões eficazes como os de Franca, que recolheram 9,6 toneladas de materiais em 11 bairros. - Vacinação abandonada
A cobertura da segunda dose é criticamente baixa: Serra Azul (0,48%), Jaboticabal (2%) e Ribeirão Preto (14%).
A gestão não expandiu faixas etárias mesmo com doses disponíveis até novembro. - Fumacê como “solução teatral”
Nebulização é aplicada sem combinar com remoção de criadouros. Especialistas lembram que o inseticida só mata mosquitos adultos, ignorando larvas – responsáveis por 80% da infestação.
📉 CONTEXTO HISTÓRICO: O QUE DEU CERTO NOS ANOS 90
Ribeirão Preto já controlou epidemias com estratégias baseadas em:
- Participação escolar: Alunos agiam como “agentes mirins” em concursos de cartazes e mutirões.
- Mídia proativa: Rádios e TVs divulgavam hotlines para denúncias de focos, com prêmios a residências livres de larvas 3.
- Gestão ambiental: Remoção de pneus e lixo em parceria com borracharias e ferros-velhos.
“O ressurgimento da dengue em 2025 prova que abandonamos lições do passado”.
🛠️ SOLUÇÕES URGENTES (E POR QUE NÃO FORAM ADOTADAS)
Medida Necessária | Situação Atual |
---|---|
Mutirões semanais | Eventuais, sem cobertura total |
Multas a terrenos sujos | Fiscalização inoperante |
Vacinação em escolas | Baixa adesão por falta de campanhas |
Parcerias com empresas | Nenhum programa ativo |
Telas em bueiros e ralos | Ignorado pela SAERP (Água e Esgoto) |
Dado crucial: O sorotipo DENV-3, que não circulava desde 2008, encontra população sem imunidade.
☣️ ALERTA REGIONAL: SERTÃOZINHO SINALIZA O FUTURO
Com 600+ casos em janeiro, a cidade vizinha vive colapso na saúde:
- Atendimentos de dengue ocupam 70% das UPAs;
- Pacientes aguardam 6+ horas por hidratação venosa;
- Secretaria admise: “É como chover um mês em um dia”.
🇺🇸 ENGLISH SUMMARY
Dengue Outbreak Exposes Management Failures in Ribeirão Preto
Ribeirão Preto faces a dengue crisis with 18,892 cases in 2025, concentrated in the East Zone (5,609 infections). Mayor Ricardo Silva’s administration is criticized for reactive measures: delayed insecticide spraying (“fumacê”), weak vaccination coverage (14% for second doses), and reliance on telemedicine for severe cases. Historical strategies from the 1990s—school participation, media partnerships, and environmental cleanup—were abandoned. Nearby Sertãozinho mirrors the chaos, with cases soaring from 5 (2024) to 675 (2025).
✝️ REFLEXÃO FINAL
Enquanto vidas se perdem para um mosquito, a gestão pública falha em cumprir seu dever sagrado: proteger os mais vulneráveis. Ribeirão Preto merece líderes que priorizem prevenção, não discursos. Como alerta Eclesiastes 4:9-10: “Melhor é serem dois do que um, pois têm melhor retorno do seu trabalho. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se!” Que esta crise una igrejas, associações e cidadãos num pacto pela saúde – antes que mais corpos sejam cobrados pela negligência.
JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
Em Ribeirão há 10 anos denunciando descasos que custam vidas.
Denúncias ou informações: Clique aqui para WhatsApp (apenas texto).
