O diretor de Execução dos Precatórios do Tribunal de Justiça, desembargador Dr. Luís Paulo Aliende Ribeiro, atendeu aos requerimentos do prefeito Vanderlei Mársico e suspendeu, “sem reserva de valores”, o pagamento de precatórios das Conservas Colombo. A decisão foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico de quarta-feira, dia 8 de agosto.
“Finalmente, conseguimos suspender o pagamento de milhões de reais, que foram retirados dos cofres públicos injustamente, para pagar a desapropriação da antiga Colombo, que, em tese, já estaria quitada”, relatou o prefeito Vanderlei.
De acordo com o secretário municipal da Fazenda, Carlos Fernando Montanholi, a prefeitura já pagou cerca de R$ 14 milhões pela desapropriação do prédio, onde hoje funciona a metalúrgica Carron, e ainda constava em aberto aproximadamente R$ 7,5 milhões. Na opinião do prefeito, o prédio desapropriado “não vale hoje mais que R$ 3 milhões”.
“É uma verdadeira sangria dos cofres públicos em prejuízo de muita gente simples que tem precatórios alimentares, gente que espera há anos por uma indenização e não consegue receber porque o município estava obrigado, pela ordem cronológica dos precatórios, a saldar essa dívida absurda”, ressaltou.
No último dia 12 de julho, o prefeito Vanderlei Mársico e o ex-secretário da Fazenda, Ricardo Henriques, estiveram na Diretoria de Execuções de Precatórios e Cálculos do Tribunal de Justiça, em São Paulo, para tratar com o desembargador Aliende Ribeiro do pagamento das parcelas relativas à desapropriação do prédio das antigas Conservas Colombo.
Naquela oportunidade, o prefeito já tinha conseguido do desembargador, o parcelamento em 78 vezes, de uma dívida R$ 6 milhões em precatórios, que deveria ser paga à vista, segundo a Justiça.
Atualmente, o município deve por volta de R$ 35 milhões em precatórios, dos quais cerca de R$ 4,5 milhões devem ser liquidados até o final do ano.