Sertãozinho como epicentro: o risco de expansão da dengue para Ribeirão Preto e medidas preventivas

A situação alarmante em Sertãozinho, com mais de 600 casos confirmados de dengue e três óbitos em investigação, eleva o nível de preocupação para Ribeirão Preto e outras cidades próximas.

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A situação alarmante em Sertãozinho, com mais de 600 casos confirmados de dengue e três óbitos em investigação, eleva o nível de preocupação para Ribeirão Preto e outras cidades próximas. A circulação do sorotipo 3, ausente desde 2008, criou um cenário de alta vulnerabilidade para grande parte da população, que não possui imunidade contra esse tipo do vírus.

O risco para Ribeirão Preto

Ribeirão Preto, sendo um polo regional com intensa circulação de pessoas para trabalho, estudos e lazer, está em risco de receber a “exportação” do surto de dengue de Sertãozinho e outras cidades vizinhas como Pitangueiras. O transporte de mosquitos infectados em veículos, aliados ao fluxo de moradores que convivem entre as cidades, é um dos principais meios de propagação do vírus. Além disso, a superlotação dos sistemas de saúde em Sertãozinho pode levar pacientes a buscarem atendimento em Ribeirão Preto, aumentando as chances de disseminação.

Se não forem tomadas medidas imediatas, é provável que Ribeirão também sofra um surto significativo, comprometendo ainda mais o já pressionado sistema de saúde.

Medidas para conter a disseminação

Para evitar que o surto se agrave e alcance novos municípios, é fundamental implementar ações preventivas em toda a região:

  1. Barreiras Sanitárias e Controle Regional
    • Realizar campanhas regionais de conscientização, com envolvimento de todas as cidades do entorno.
    • Intensificar visitas domiciliares para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
  2. Monitoramento de Fluxo entre Cidades
    • Aumentar a vigilância nos transportes coletivos intermunicipais e locais de grande circulação.
    • Distribuir materiais informativos sobre prevenção da dengue em ônibus, rodoviárias e postos de saúde.
  3. Fortalecimento da Saúde Pública
    • Criar unidades específicas para diagnóstico e tratamento da dengue, evitando o colapso de pronto-atendimentos.
    • Facilitar o acesso a testes rápidos, especialmente nas cidades vizinhas.
  4. Educação e Conscientização
    • Promover ações educativas em escolas, empresas e comunidades sobre os perigos da dengue e a importância de eliminar criadouros.
    • Implementar programas comunitários de monitoramento de áreas de risco.
  5. Medidas de Urgência na Gestão Pública
    • Alinhar políticas de combate à dengue entre as prefeituras da região, compartilhando recursos e estratégias eficazes.
    • Reforçar as ações de pulverização e aplicação de larvicidas, com foco em locais estratégicos como bueiros e terrenos baldios.

Mensagem Final

A dengue não respeita fronteiras. O que acontece em Sertãozinho é um alerta para toda a região. Prevenção, ação rápida e conscientização são os únicos caminhos para evitar que esse surto se transforme em uma epidemia regional.

JORNALISTA AIELLO
Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.