O roubo de celulares em Ribeirão Preto se consolidou como uma verdadeira epidemia. Mais de 3 mil aparelhos foram levados por criminosos em 2024, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Enquanto o presidente Lula sugere que algumas ações criminosas são “apenas para tomar uma cervejinha”, a realidade local revela que os crimes vão além: afetam diretamente a vida e o sustento das vítimas.
Os Números e os Bairros Mais Afetados
Campos Elíseos, Ipiranga, Cidade Universitária, Alto da Boa Vista e o Centro figuram como as áreas mais visadas pelos criminosos. A cabeleireira Fátima Aparecida Bemi, por exemplo, viu sua rotina desmoronar ao ter dois celulares e o carro roubados. Para muitos profissionais, o celular é a principal ferramenta de trabalho, e sua perda afeta tanto a vida pessoal quanto a financeira.
Riscos Além do Roubo Físico
Além do prejuízo material, há o temor de que informações sensíveis, como dados bancários, caiam nas mãos erradas. Hoje, 70% das transações financeiras no Brasil são realizadas por meio de smartphones. Essa dependência expõe as vítimas a um segundo ataque: o uso criminoso de suas contas bancárias.
Especialistas reforçam que medidas simples podem dificultar o acesso aos dados, como o uso de senhas fortes, reconhecimento facial ou digital, e a exclusão de senhas armazenadas no aparelho.
O Combate à Criminalidade
Embora a SSP relate uma redução de 17% nos furtos e roubos de celulares no estado, a sensação de insegurança continua presente, especialmente em Ribeirão Preto. A Secretaria destaca a importância do registro de boletins de ocorrência para mapear os focos de criminalidade e combater as quadrilhas envolvidas.
No entanto, é preciso mais que estatísticas para reverter essa realidade. Políticas de segurança pública eficazes devem incluir:
- Reforço no policiamento ostensivo nas áreas críticas.
- Investimento em tecnologia para rastrear aparelhos roubados.
- Campanhas educativas para conscientizar a população sobre a proteção de dados pessoais.
Mensagem Final
Em uma cidade onde o trabalho e a vida pessoal dependem tanto da tecnologia, a segurança deve ser prioridade. Não podemos naturalizar furtos como “apenas uma cervejinha”. É hora de exigir mais proteção, responsabilidade e ações concretas para que os moradores de Ribeirão Preto possam viver e trabalhar sem medo.
JORNALISTA AIELLO
Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.

Com base em materia do G1