Funcionários da fundação Casa entram em greve

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Foto TODODIA

Os funcionários da Fundação Casa entram em greve a partir de meia noite deste sábado (7), em todo o Estado de São Paulo. A paralisação, que deve respeitar uma liminar judicial que garante a continuidade dos trabalhos de pelo menos 70% dos servidores, reivindica melhores condições de trabalho e reajuste salarial, na região de Ribeirão Preto as quatro unidades devem aderir ao movimento.

Além do aumento salarial de 42,64%, mais segurança nas unidades, licença maternidade de 180 dias e auxilio as crianças com necessidades especiais são alguns dos pedidos da classe. A decisão de paralisação foi tomada numa assembleia ocorrida no último dia 30, na sede do sindicato da classe.

Segundo o presidente do Sitsesp/Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo/Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo), Aldo Antônio, a paralisação não interromperá os serviços necessários dos centros.

“A greve não vai atrapalhar o atendimento aos adolescentes. Toda a parte de alimentação e higienização,

por exemplo, vai continuar normal”.

“É evidente que estamos tentando fazer com que os trabalhadores cumpram a liminar, mas tenho a impressão de que a adesão será em massa. Todos estão cansados da falta de respeito desse governo”.

A liminar citada por Antônio foi publicada na última quarta-feira (4) pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, e exige que pelo menos 70% dos servidores continue trabalhando. “Mesmo em greve manteremos serviços essenciais, como alimentação e saúde, em funcionamento”, esclarece.

O presidente justifica a decisão afirmando que a má gestão do governo levou à paralisação.

“Nós temos um dos três piores trabalhos do país na socioeducação. O governo não conversa e não dá condições de trabalho”.

O Sindicato explica que Fundação ofereceu aos trabalhadores pagamento de 50% dos 78% de bônus. O restante seria creditado em maio e junho, mediante a nova rodada de negociações daqui a um mês. “Ele [governador Geraldo Alckmin] nos levou a tomar essa decisão, pelo menos agora, no tribunal, conseguimos conversar em pé de igualdade com o Estado”.

Aldo não fala em prazo para o fim da greve,

“é difícil determinar isso, a gente tem esperança que tudo seja resolvido com rapidez, para não criar sofrimento para ambos os lados”, e finaliza “não queremos criar sofrimento pra ninguém”.

Outro lado

Através de nota a assessoria de imprensa da Fundação CASA informou que, caso os funcionários realmente optem por entrar em greve a partir de amanhã (7), deverão manter 70% dos servidores em atividade.

Caso o Sindicato descumpra a decisão pagará multa diária de R$ 100 mil reais.

A Fundação ainda afirmou que, nos últimos 10 anos (2005 a 2015), os aumentos dados pela Instituição somam 84,56%, sendo que a inflação no mesmo período oscilou em torno de 76,22%, dependendo do índice utilizado.