Executivos do grupo Odebrecht vão afirmar em acordo de delação premiada que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega também recebia propinas da empresa.
Além dele, Antonio Palocci também aparece em planilhas apreendidas pela Polícia Federal, sob o codinome “Italiano”. A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” deste domingo (5).
Segundo a reportagem, em um e-mail de um funcionário da empreiteira interceptado pela PF, o codinome “Italiano” aparece associado aos valor de R$ 6 milhões, enquanto o “Pós-Itália”, supostamente atribuído a Mantega, teria recebido R$ 50 milhões para repassar ao PT. As propinas teriam sido pagas ao partido entre 2008 e 2012, ano em que os pagamentos supostamente ilícitos somavam R$ 200 milhões.
O advogado de Antonio Palocci e Guido Mantega, José Roberto Batochio, disse que a citação de seus clientes na delação de executivos da Odebrecht não passa de ilação sem qualquer fundamento e que as alcunhas atribuídas aos ex-ministros são suposições.