Conselho de Ética arquiva denúncia contra vereadora Viviane Alexandre

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foto divulgação do blog da vereadora

Os membros do Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto decidiram, por unanimi­dade, arquivar a representação contra a vereadora Viviane Alexandre (PSC). Em reunião realizada na tarde desta terça­-feira, 12, o relatório elaborado por Beto Cangussu (PT), re­comendando a rejeição da de­núncia, foi acatado pelos cinco membros do conselho.

O relator citou a legislação que ampara o que, de fato, con­figuraria ‘ato de improbidade administrativa’ do vereador, base legal para o pedido de cassação do mandato. Considerou os ar­gumentos da defesa que alegou erro da empresa de contabilida­de e “má-fé” do autor da repre­sentação ao simular situação de socorro a animal abandonado para embasar a representação.

“Não restou provado qual será a vantagem patrimonial in­devida, auferida pela representa­da, nas práticas descritas. Não há nexo causal entre a conduta des­crita e o tipo legal utilizado como fundamento jurídico. A possível vantagem “política” na conduta descrita não ensejaria a punição solicitada por ser desproporcional a uma hipotética irregularidade cometida pela representada ou assessores”, destacou Cangussu.

Para Viviane, a Justiça foi feita.

“Concordo com o parecer, esse tipo de atitude é normal de pessoas que têm interesses políti­cos escusos por trás de denúncia vazia, que não se sustentam por ideias próprias”, desabafou.

O autor da denúncia, o radialista Rodrigo Leone informou que a decisão “reflete corporativismo pela superficialidade da investi­gação”, que pedirá cópia do re­latório e analisará se cabe levar a questão para análise Judiciária.

A representação foi proto­colada na Câmara em junho passado.
Segundo a denúncia, o telefone do gabinete constava como contato junto à Receita Federal do Instituto Iluminar – Organização Não Governa­mental (ONG) que trabalha com resgate de animais – presi­dida por Patrícia Alexandre Filli­pin, irmã da vereadora.

O relatou também sugeriu à Mesa da Câmara, que regula­mente mais claramente a con­duta que deve ser seguida nos gabinetes para evitar novas de­núncias como essa. No ano pas­sado, dois vereadores passaram pelo mesmo processo, o líder de Governo, Genivaldo Gomes (PSD) e o oposicionista Marcos Papa (Rede), ambos absolvidos pelos outros vereadores.

Relembre o ocorrido e a denuncia