A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, participou com o presidente Jair Bolsonaro da live semanal nesta quinta-feira (27).
Ela fez um grave alerta para o aumento da violência sexual contra crianças e principalmente contra bebês.
De acordo com ela, embora os registros do Disque 100 tenham caído 17%, o número de abusos cresceu com o isolamento social, porque a maior parte dos algozes, nesses casos, são parentes e pessoas próximas e os indícios de violência eram identificados principalmente na escola, pelos professores.
Além disso, Damares afirmou que houve aumento no número de estupros a recém-nascidos, mas não informou quais seriam estes números.
Seriam milhões de reais circulando na indústria pornográfica infantil. Uma única imagem de um bebê sendo abusado, no Brasil, pode custar entre R$ 50 e R$ 100 mil, segundo a ministra.
“E tenho uma notícia triste: no Brasil, já é possível pagar para assistir o abuso de uma criança ao vivo online. Estamos no caos. Não é invenção da direita. E o ministro da Justiça e o nosso ministério vão fazer esse enfrentamento no mundo online. Isso sim são Direitos Humanos”, apontou.
“São milhões de reais nessa indústria pornografia infantil”, acrescentou, afirmando que o Brasil está produzindo imagens para o mundo todo.
Damares salientou que o governo federal não vai tratar pedofilia como doença ou como algo que se justifique, mas como crime organizado.
“Nós não aceitamos relativizar a pedofilia neste governo. A pedofilia não se relativiza, não se justifica, não se minimiza e não se explica. A pedofilia se enfrenta. Não adianta dizer que nós vamos colocar tudo no quadro de doença. Nós não vamos. Nós vamos enfrentar como crime e crime organizado”, declarou.
A ministra também falou da perseguição que tem sofrido por colocar em debate a pauta do combate à pornografia infantil.
“Tem muita gente que está combatendo a ministra porque não quer ver essa pauta avançar. Nas últimas três semanas eu virei alvo de todos os tipos de perseguição. Atenção, quem está entrando na onda de perseguição à ministra: quem está por trás? Quem está financiando? Essa indústria é rica, mas este governo não tem medo de crime organizado! A gente vai fazer o enfrentamento e nós vamos salvar os bebês (…) Nós vamos pegar todo mundo”, finalizou.