Caso Marcius Melhem: De humorista sem graça a assédiador sexual

Estranho é ver os lacradores, que falam em respeito, mas não conseguem o mínimo do que vomitam pelos quatro cantos

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Marcius Melhem, ex-chefe do núcleo de humor da Rede Globo, está sendo acusado por assédio sexual e moral de atrizes e produtoras da emissora.

O assunto voltou à tona no final de semana após as revelações da advogada criminalista Mayra Cotta serem divulgadas exclusivamente por Mônica Bergamo.

Melhem foi demitido em agosto do ano passado, depois que a atriz Dani Calabresa acusou o humorista de assédio sexual.

Pensando nisso, o psicólogo e escritor Alexander Bez fala sobre o caso e afirma: a violência contra a mulher, na maioria das vezes, tem uma conotação de humilhação e intenção sexual.

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“O poder e a posição de destaque, a qual o assédio se manifesta pela ação de seu perpetrador, estabelecem um elo íntimo. Além da conotação sexual, o assédio tem no inconsciente de quem o executa o desejo sádico, inteiramente proposital em constranger a vítima, evidenciando o poder e o controle”, declara o especialista.

Alexander reforça que as situações como a de Dani Calabresa são complicadas já que a resposta ‘não’ aos estímulos do diretor poderia representar represália profissional para a vítima em eventuais trabalhos. O mesmo acontece em empresas, que no caso resultam em demissões injustas.

“É importante entender que o assediador sexual não muda e se altera, pois a sua personalidade é sádica e controladora. Dani Calabresa fez o correto ao denunciar Marcius, é o que todas as vítimas devem fazer.  Mesmo que inicialmente enfrente complicações profissionais o ideal é que todos denunciem assim que forem submetidos a situações constrangedoras. Só assim podemos controlar e conscientizar essas situações”, conclui, Bez.

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