⛪ Crise no Vaticano: Papa Francisco Sob Fogo Cruzado de Acusações ⛪

A situação piorou quando o cardeal Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico, pediu sua prisão, acusando-o de encobrir abusos sexuais cometidos pelo cardeal Theodore McCarrick.

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Resumo:

O Papa Francisco está sob intensa pressão após revelações de que poderia renunciar a qualquer momento. A situação piorou quando o cardeal Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico, pediu sua prisão, acusando-o de encobrir abusos sexuais cometidos pelo cardeal Theodore McCarrick. Em meio a isso, outro arcebispo também pediu publicamente a renúncia do Papa, aumentando ainda mais a crise no Vaticano.


Matéria Completa:

O Vaticano enfrenta uma das maiores crises de sua história recente, com o Papa Francisco no centro de uma tempestade de acusações e controvérsias. Após sinais de que poderia renunciar a qualquer momento, o Papa agora lida com uma pressão crescente tanto de dentro quanto de fora da Igreja.

O Cardeal Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico da Santa Sé nos Estados Unidos, escreveu uma carta bombástica, publicada em agosto de 2018, acusando o Papa Francisco de encobrir abusos sexuais cometidos pelo cardeal americano Theodore McCarrick. Segundo Viganò, Francisco sabia das acusações contra McCarrick desde 2013, mas escolheu não agir, continuando a proteger o prelado e mantendo-o como um de seus conselheiros.

A carta de 11 páginas de Viganò acusa membros da Igreja de formar um “lobby gay” e de acobertarem sistematicamente os abusos. Viganò afirma que comunicou pessoalmente ao Papa sobre a situação de McCarrick, mas que Francisco decidiu reverter as decisões tomadas pelo Papa Bento XVI, que havia afastado McCarrick para uma vida de oração e penitência.

arquivo

A situação ficou ainda mais grave quando o arcebispo de Washington, Donald Wuerl, sucessor de McCarrick, foi acusado por Viganò de ter conhecimento das acusações e de não ter tomado as devidas providências. Viganò denuncia que a corrupção atingiu o topo da hierarquia eclesiástica e pede a renúncia do Papa, alegando que Francisco deve ser o primeiro a dar o exemplo em uma Igreja que se comprometeu com a “tolerância zero” contra abusos.

Em resposta às pressões, o Papa Francisco se manifestou no livro “Vida. A minha história na História”, que será lançado em março pela HarperCollins. Nele, Francisco reflete sobre a possibilidade de renúncia, afirmando que, em caso de deixar o papado, não seria Papa Emérito, mas sim “bispo emérito de Roma”. No entanto, o Papa sublinha que essa hipótese é distante, não havendo motivos graves que justifiquem uma renúncia imediata.

O Papa também se defende das acusações de encobrimento durante seu papado, destacando seu compromisso com os mais vulneráveis e condenando a prática de abusos. Ele lamenta a instrumentalização da figura de Bento XVI por grupos ideológicos e reafirma sua visão de uma Igreja inclusiva, acolhendo a todos, especialmente aqueles que foram marginalizados ou rejeitados pela Igreja no passado.


Frase de Motivação: “A verdade é o caminho para a justiça, e a justiça é o caminho para a paz.”


Jornalista AIELLO – 8 anos falando o que outros portais não falam