Golpe de Estado na Bolívia: Tanques Invadem Palácio Presidencial e o governo socialista e ditador

Tanques do Exército Entram no Palácio Presidencial em La Paz, Luis Arce Denuncia 'Mobilizações Irregulares' veja os videos

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Tanques do Exército Entram no Palácio Presidencial em La Paz, Luis Arce Denuncia ‘Mobilizações Irregulares’ veja os videos

Na Bolívia, tanques militares foram vistos invadindo o palácio presidencial, enquanto unidades do Exército se agruparam em diversas praças e ruas de La Paz. O presidente Luis Arce utilizou suas redes sociais para pedir respeito à democracia e denunciar o que chamou de “mobilizações irregulares” das Forças Armadas.

Em meio a estas movimentações, o ex-presidente Evo Morales declarou que está em curso um golpe de Estado, acusando o comandante do Exército, general Juan José Zuñiga, de liderar a mobilização. Morales convocou uma mobilização nacional para defender a democracia, afirmando que não permitirá que as Forças Armadas intimidem o povo boliviano.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou as ações dos militares e reforçou o pedido pelo respeito à democracia.

Tentativa de golpe de Estado na Bolívia dias depois que o Presidente da Bolívia Luis Arce formalizou o desejo de integrar o país nos BRICS não é casual.

Trata-se, evidentemente, de um “golpe preventivo” contra o esforço por situar a América do Sul no projeto de construção do mundo multipolar. Isso cresce em importância especialmente agora que a Rússia está começando a militarizar as suas parcerias internacionais, começando por Belarus, Irã e Coreia do Norte, com indícios de que a Rússia poderia também armar a Venezuela.

Nos últimos anos temos visto o Ocidente conquistar o Equador, o Peru, o Chile, a Argentina, mesmo a Colômbia, com a qual houve alguns desentendimentos sob Petro, já retornou ao bojo do campo atlântico. Estamos vendo, com muita clareza, uma reativação da Doutrina Monroe para subjugar todo o continente enquanto os EUA se vê desafiado na Europa Oriental, África, Oriente Médio e Ásia Oriental.

O caso da Bolívia é particularmente grave porque o país se situa plenamente no Heartland sul-americano, constituindo a região estratégica fundamental a partir da qual se consegue ter acesso direto ou indireto aos principais países do continente, às várias regiões continentais, aos princípios rios, etc.

A falta de uma política externa brasileira em relação à Bolívia que vá além da economia e da energia é o que permite esse tipo de coisa.