Após 467 dias de guerra e quase 48 mil mortos, Israel e Hamas assinam um acordo de cessar-fogo mediado por EUA, Catar e Egito, anunciado nesta quarta-feira (15) em Doha. O tratado, que entra em vigor no domingo (19), busca soluções em etapas para o fim do conflito iniciado em outubro de 2023.
🔑 Principais Pontos do Acordo
- Libertação de Reféns:
- Acordo prevê a libertação gradual de reféns civis e prisioneiros palestinos.
- 33 reféns serão libertados inicialmente, seguidos por mais de 1.000 detidos palestinos.
- Integrantes do Hamas envolvidos no ataque de outubro de 2023 não serão incluídos na anistia.
- Retirada de Tropas Israelenses:
- Feita em etapas, com Israel mantendo controle estratégico no corredor de Filadélfia para evitar contrabando.
- Residentes desarmados poderão retornar a partes do norte de Gaza.
- Ajuda Humanitária:
- Aumento significativo da assistência humanitária na região, com foco em aliviar a crise enfrentada pela população de Gaza.
- Governança Futura de Gaza:
- A administração pós-guerra permanece indefinida. Negociações entre Israel, EUA e Emirados Árabes Unidos exploram soluções provisórias.
EFEITO TRUMP NO ACORDO
A assinatura do cessar-fogo ocorre às vésperas da posse de Donald Trump, conhecido por seu apoio irrestrito a Benjamin Netanyahu. Trump prometeu endurecer as condições contra o Hamas e “abrir os portões do inferno” caso os reféns não fossem libertados. Aliados republicanos, incluindo Steve Witkoff, participaram ativamente das negociações.
Enquanto o presidente Joe Biden finaliza seu mandato, o papel de Trump na reaproximação entre as partes já gera especulações sobre futuras políticas no Oriente Médio.
O conflito na Faixa de Gaza começou quando terroristas do Hamas fizeram uma invasão inesperada ao sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, que governava a Faixa de Gaza.
Gaza é um território palestino reivindicado para a criação de um Estado próprio, junto com a Cisjordânia. Desde 2007, quando foram realizadas eleições locais, o braço político do Hamas governava o território, mas os israelenses controlavam os pontos de entrada e saída, todos em fronteiras com Israel e com o Egito.
Ao longo de mais de um ano de guerra, bombardeios de Israel e incursões terrestres reduziram grandes áreas da Faixa de Gaza — principalmente no norte — a escombros e causaram uma crise humanitária na população de 2,3 milhões de habitantes.
Somente em Gaza são mais de 46 mil mortos
REFLEXÃO:
O cessar-fogo representa uma oportunidade para salvar vidas e construir um futuro mais estável, mas o cenário permanece delicado. É um lembrete de que a paz exige coragem, diálogo e comprometimento. Que líderes e povos do Oriente Médio possam encontrar um caminho duradouro de esperança e justiça.
ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO – Desvendando a verdade em tempos de caos.


