ARCEBISPO DE SERTÃOZINHO GANHA DESTAQUE NO CONCLAVE QUE ESCOLHERÁ O NOVO PAPA

Escolha do sucessor de Francisco reacende embate entre alas conservadora e progressista da Igreja. Você acredita que o proximo papa será conservador ou progressista?

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Escolha do sucessor de Francisco reacende embate entre alas conservadora e progressista da Igreja. Você acredita que o proximo papa será conservador ou progressista?

Sob os olhares do mundo e a comoção dos fiéis, o funeral do Papa Francisco encerrou um ciclo e abriu um novo capítulo na história da Igreja Católica. Falecido em 21 de abril, aos 88 anos, o primeiro Papa latino-americano e jesuíta foi sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, encerrando três dias de homenagens no Vaticano. Agora, a atenção se volta para o Conclave que definirá seu sucessor – e um brasileiro da nossa região está no centro desse processo.

DOM ILSON, DE SERTÃOZINHO PARA O VATICANO

Natural de Sertãozinho e formado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto, Dom Ilson de Jesus Montanari, 65 anos, é peça-chave no Conclave que começa no dia 7 de maio. Secretário emérito do Dicastério para os Bispos e segundo camerlengo do Vaticano, ele é um dos responsáveis pela organização do pleito que definirá o próximo líder da Igreja.

Dom Ilson exerce um dos papéis mais estratégicos durante a chamada Sé Vacante, o período entre a morte do Papa e a eleição do novo. Ele atua diretamente sob o comando do cardeal irlandês Kevin Farrell, que anunciou oficialmente a morte de Francisco.

IGREJA DIVIDIDA, ESCOLHA INCERTA

A sucessão papal não é apenas uma escolha espiritual. É também um jogo de forças políticas internas. O Conclave reúne 135 cardeais eleitores, e o escolhido precisa de ao menos dois terços dos votos (90 votos). Segundo especialistas, o processo pode levar de três a cinco dias, com até nove votações diárias, sempre iniciadas por oração. A fumaça branca anuncia o novo Papa; a preta, o impasse.

“O verdadeiro presidente do Conclave é o Espírito Santo”, lembra o padre Gilberto Kasper, da Igreja Santo Antônio, no Campos Elíseos. Ele destaca que a missão do novo Papa será continuar uma Igreja que “derruba muros e constrói pontes”, como fez Francisco.

O LEGADO DE FRANCISCO E A SOMBRA DA DIVISÃO

Francisco foi o Papa da humildade e da ruptura com o luxo e a pompa vaticana. Rejeitou o Palácio Apostólico, morou em uma casa simples, defendeu o meio ambiente, e abriu espaço para os pobres, os marginalizados e para o diálogo com outras religiões. Inspirado por São Francisco de Assis — nome sugerido pelo brasileiro Dom Cláudio Hummes —, ele conduziu a Igreja com simplicidade e coragem. Mas não agradou a todos.

Segundo o pesquisador Gilberto Abreu, há resistência à sua visão progressista. “Francisco incomodava setores conservadores, tanto no Brasil quanto em outros países. Sua morte reacende a disputa entre renovação e retrocesso dentro da Igreja”, afirma.

BRASILEIROS NO JOGO, MAS FORA DA DISPUTA

Apesar de o Brasil ter a maior população católica do mundo, com mais de 120 milhões de fiéis, especialistas consideram improvável que o próximo Papa seja brasileiro. Os principais cotados incluem o cardeal Matteo Zuppi, da Itália, moderadamente progressista; o ganês Peter Turkson, que representaria um inédito Papa africano; o filipino Luis Antonio Tagle, e o conservador húngaro Péter Erdő.

UM MOMENTO DECISIVO PARA A IGREJA E O MUNDO

A escolha do próximo Papa não é apenas uma questão religiosa: impacta decisões políticas, sociais e ambientais de alcance global. Dom Ilson, nosso representante de Sertãozinho, terá protagonismo nesse momento histórico. O mundo observa.

“O Papa que sair do Conclave se anula para servir exclusivamente ao Reino de Deus. Nunca mais usará suas roupas favoritas, nunca mais voltará para sua casa. Quem somos nós para julgar alguém assim?” – Padre Gilberto Kasper.

🕊️ Que Deus ilumine os corações dos cardeais e inspire a escolha de um pastor à altura dos desafios do nosso tempo.

Com base em materia de REVIDE.


JORNALISTA AIELLO
Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.