⚖️ Perseguição de Cristãos no Irã: 45 Anos de Prisão para Oito Cristãos ⚖️

Oito cristãos foram presos na mesma semana da eleição, com sentenças totalizando 45 anos de prisão.

0
191

Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.

Resumo: No início de julho, o Irã elegeu um novo presidente, Masoud Pezeshkian. Apesar das esperanças de mudança, a perseguição aos cristãos continua. Oito cristãos foram presos na mesma semana da eleição, com sentenças totalizando 45 anos de prisão.

Matéria:

O Irã, um país conhecido por suas violações de direitos humanos, especialmente contra mulheres e minorias religiosas, elegeu um novo presidente no início de julho. Masoud Pezeshkian, com uma postura moderada e reformista, despertou alguma esperança de melhorias para as minorias religiosas, incluindo os cristãos. No entanto, a realidade parece ser diferente. Apenas na semana da eleição, oito cristãos foram presos, recebendo sentenças que somam 45 anos de prisão.

Atualmente, o Irã ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. A eleição de Pezeshkian, ocorrida com uma participação histórica baixa de apenas 43%, não trouxe alívio imediato para os seguidores de Jesus no país. A falta de apoio popular e a influência contínua do aiatolá Ali Khamenei e outros líderes religiosos limitam o poder do presidente em implementar reformas significativas.

Michael Bosch, analista da perseguição da Portas Abertas, afirma que a eleição com menor participação civil mostra a falta de apoio da sociedade iraniana às mudanças e reformas. Ele lembra que o último presidente reformista, Hassan Rouhani, também não conseguiu trazer melhorias para os cristãos perseguidos. “O poder continua nas mãos de pessoas fora da política”, ressalta Bosch.

Nos últimos meses, uma nova onda de prisões atingiu os cristãos de origem muçulmana. Entre os presos, Yasin Mousavi recebeu a maior sentença, de 15 anos. A organização Article 18 relatou que muitos dos outros presos permanecem anônimos, enfrentando punições severas como multas e açoites. “É preocupante que os outros presos continuem anônimos. Muitos ficam meses ou anos na prisão, outros são obrigados a pagar multas ou recebem açoites, o que torna evidente o aumento da pressão aos cristãos no Irã”, afirma Bosch.

Apesar da perseguição, a igreja de Cristo no Irã continua a resistir e testemunhar o amor de Jesus. Ali e Zahra, um casal que se converteu ao cristianismo, enfrentaram severas consequências. Ali perdeu o emprego e a família perdeu privilégios sociais, mas seu amor por Jesus só cresceu. Eles se uniram a uma rede de igrejas domésticas secretas e foram presos por isso.

Para assistir ao vídeo onde Ali e Zahra contam sua história de prisão e como isso vem acontecendo no Irã, acesse o link a seguir.

Ajuda aos cristãos presos

Os tipos de prisões variam de acordo com o país. Mas uma coisa não muda: todos os cristãos presos somente por seguir a Jesus precisam saber que não foram esquecidos. Há muitas maneiras práticas de fazer isso, como levando alimento e proporcionando cuidado pastoral e advocacy (mobilização de setores influentes da sociedade em defesa dessa causa). A Portas Abertas lançou a campanha Ajuda a Cristãos Presos para apiar os encarcerados no Irã e em outros países onde eles são perseguidos e privados de liberdade. Acesse o link para saber mais e participar desta campanha. 

Mesmo em meio à perseguição, a fé prevalece.

Assinatura: Jornalista AIELLO