MARP inicia trabalho de conservação da biblioteca Pedro Manuel-Gismondi

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foto arquivo

O Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (MARP), nas comemorações dos 25 anos do Museu, iniciou o projeto de conservação dos livros que pertenceram ao crítico de arte Pedro Manuel-Gismondi.

Em uma primeira e fundamental etapa, que será realizada em cinco meses, será feito um inventário para catalogar todas as publicações que compõe o acervo, higienizando, embalando e acondicionando adequadamente cada item, estabilizando dessa forma, o processo de degradação natural.

Assim que finalizado este inventário, o acervo, que preserva a memória dessa personalidade marcante da cultura artística ribeirão-pretana, será disponibilizado à pesquisa, possibilitando a todos conhecer mais do trabalho intelectual deste crítico de arte.

“O MARP, após várias tentativas de dar início a esse importante projeto de conservação, finalmente obteve êxito através de uma parceria com a sociedade civil. Essa realização dá luz a um patrimônio público que pertenceu ao emblemático crítico de arte que dá nome ao museu”, explico o diretor do MARP, Nilton Campos.

Nesta etapa inicial do projeto, irá possibilitar também a formação dos envolvidos, principalmente dos estagiários e funcionários do Museu.

Simultaneamente ao projeto, é realizada uma residência artística pela Simone Moraes, que vivenciará esta etapa de inventário e pesquisará, sob supervisão, os itens da Biblioteca para apresentação de uma futura ação artística.

A Biblioteca

Com aproximadamente três mil itens, esta Biblioteca, doada ao MARP em 2007 pela família de Pedro Manuel-Gismondi, é composta por publicações dos mais diversos tipos, como arte, literatura, periódicos e um grande número de publicações e coleções italianas antigas, rica em anotações e objetos depositados por Pedro Manuel-Gismondi no interior das publicações, ao longo de sua trajetória.

A Iniciativa

A ideia desta iniciativa e a coordenação geral do projeto são de Nilton Campos, com acompanhamento de Adriana Guimarães, assessora MARP. O projeto é orientado e acompanhado pela museóloga Rosa Esteves.

O inventário (cadastro, higienização e outros, das publicações) será realizado por Fernando Carvalhal, Gabriel Azarias, Gabriela Costa da Silva, Nilton Campos e Simone Moraes, com o apoio da equipe MARP.

Pedro Caminada Manuel-Gismondi

Um italiano que adotou o Brasil, e se dedicou a estudar, entender, lecionar e divulgar a história da arte brasileira. Um homem de muitos talentos e atividades, historiador e crítico de arte, escritor, fotógrafo, galerista e artista plástico.

Escolheu Ribeirão Preto por ter lhe proporcionado um ambiente favorável à pintura. Talvez por isso, a cidade se acostumou a vê-lo principalmente como artista plástico.

Vindo de San Remo/Itália, em 1950, teve uma vida dedicada com paixão às artes plásticas e a história da arte, muito contribuindo para o desenvolvimento cultural do nosso País, em especial de Ribeirão Preto, cidade na qual residiu a partir de 1969.

Pedro Manuel faleceu em dezembro de 1999. Em homenagem póstuma ao crítico de arte, o MARP a partir do ano de 2000 passou a ser denominado MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi.

MARP

O prédio onde está instalado o MARP foi construído no início do século passado para ser a primeira sede da Sociedade Recreativa de Ribeirão Preto. O Baile inaugural da Sociedade Recreativa aconteceu em 31/12/1908.

Em 1956, a antiga sede da Sociedade Recreativa, após reforma efetuada pela Prefeitura, passa a ser ocupada pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto, que funcionava desde 1917 no Palácio Rio Branco, juntamente com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

Após uma grande reforma, foi inaugurado em 22 de dezembro de 1992, o MARP. Com o objetivo de reunir todo o acervo de artes plásticas da Prefeitura, obras do SARP (Salão de Arte de Ribeirão Preto) e do SABBART (Salão Brasileiro de Belas Artes), adquiridas pelo poder público, bem como obras doadas, como o conjunto de obras dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla, e também promover a recuperação do acervo. Em 2000, o MARP recebeu o nome de Pedro Manuel-Gismondi.