Campeãs mundiais, eleitas as melhores velejadoras do planeta e favoritas na primeira Olimpíada que disputariam na vida, justamente em casa. Com um desempenho brilhante, Martine Grael e Kahena Kunze ignoraram qualquer tipo de pressão, venceram a regata decisiva da classe 49er FX e conseguiram, nesta quinta-feira, o sonhado ouro olímpico, o quarto do Brasil na Rio-2016.
A conquista na vela faz o país finalmente superar o número de títulos de Londres-2012, quando havia conquistado três primeiras colocações. O ouro de Martine e Kahena se soma aos de Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara) e Robson Conceição (boxe), que já haviam subido no alto do pódio olímpico no Rio de Janeiro. O Brasil, no entanto, ainda segue longe da meta para a Olimpíada, que era entrar no top 10 do total de medalhas – hoje tem 13, contra 17 da Coreia do Sul, décima colocada no momento.
Martine e Kahena, que fizeram a sua parte, só têm a comemorar. As duas chegaram como favoritas ao ouro e souberam lidar com a pressão em uma classe muito disputada até o fim. Nas 12 primeiras rodadas, as brasileiras fizeram no máximo um 11º lugar, foram premiadas pela regularidade e chegaram à regata da medalha empatadas na primeira colocação com as embarcações de Espanha e Dinamarca.