A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com a Villa Matthes Recanto Ecológico, produtora de hortaliças orgânicas certificadas, realizou no início desta semana, na Emef Prof° José Rodini Luiz, o curso de Educação Ambiental com foco em difusão e capacitação de técnicas de boas práticas sustentáveis aos alunos e diretores daquela unidade escolar na região leste da cidade.
A compostagem é um conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos por meio da ação de microorganismos. Esse processo transforma o resíduo orgânico em composto estabilizado, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores àqueles encontrados nas matérias primas, permitindo que seja utilizado como adubo orgânico.
Durante o curso ministrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, por meio da Divisão de Áreas Verdes, a escola municipal recebeu uma composteira.
“A composteira caseira adquirida pela escola ajuda a formar a consciência do futuro cidadão com relação ao meio ambiente, orientando sua construção ou instalação do equipamento dentro de casa, com simples materiais reaproveitados de sobras de caixas, baldes e tambores usados”, explica Fernando Cicarelli, do Programa Município Verde Azul.
Através da composteira as crianças podem ajudar no trabalho de conscientização ambiental e orientar seus familiares na redução de geração de lixo orgânico, bem como usar o composto gerado para adubação das plantas do jardim e hortas caseiras. “Praticando e aplicando técnicas saudáveis”.
Composteira caseira
A composteira caseira é formada por três caixas de plásticos empilhadas e interligadas por pequenos furos feitos ao fundo. A caixa inferior serve para escoamento e armazenamento de chorume, líquido formado durante o processo de decomposição do material orgânico. Nesta caixa existe uma torneira que serve para a coleta deste material. A caixa do meio é a digestora, nela será despejado todo o material orgânico (restos de comida) da sua casa. A proporção é sempre 2:1, ou seja, duas partes de material úmido (restos de alimentos) pra uma parte de material seco (serragem, por exemplo). Para acelerar o processo de decomposição, são coladas minhocas nesta segunda caixa. A terceira caixa, também digestora, será utilizada quando a segunda estiver cheia. As minhocas utilizam os furos para migrar para a caixa de cima, quando o processamento de todo o material chaga ao fim.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam o chorume formado na composteira caseira não é contaminante. O líquido, também conhecido como “chorume do bem” deve ser utilizado na proporção de um litro de chorume pra dez litros de água. Ele também pode ser usado como biofertilizante.