CARTA ABERTA AO SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO, GUATAPARÁ E PRADÓPOLIS
Em 07 de janeiro, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgou em seu site oficial (www.unicef.org) “Carta Aberta às Prefeitas e aos Prefeitos dos municípios brasileiros”. Nela, é pedida a prioridade absoluta à educação e à reabertura segura das escolas baseada no papel primordial que elas exercem na vida dos alunos e suas famílias.
Cita diretamente o risco de mais evasão e aprofundamento da desigualdade social. Recentemente, a Unicef reafirmou sua posição em manifesto também assinado pela Unesco, OPAS/OMS.
O manifesto traz dados objetivos sobre a situação meramente prevista no documento anterior – somente 2 em cada 10 estudantes brasileiros frequentam aulas presenciais no momento; 40% dos filhos de famílias da classe A têm acesso a aulas presenciais, enquanto nas classes D e E são 16%.
Os organismos citados refletem a opinião de órgãos de educação, pais e até mesmo professores, sem falar nos infectologistas que enfatizam o fato de as escolas não serem focos importantes para a disseminação do coronavírus. Em Ribeirão Preto, assim como todo o Estado, a flexibilização atingiu todas as atividades, exceto o ensino municipal. Escolas estaduais e privadas funcionam há meses seguindo protocolos de segurança, o que reforça o isolamento da decisão de manter as escolas municipais fechadas por mais tempo.
Como vereadora, que também ocupa a presidência das comissões permanentes de Educação e de Direitos da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso Vítimas de Violência, vejo a situação do aluno da rede municipal como dramática; privado completamente do ensino presencial, convivência social, merenda, acompanhamento assistencial; ele e a sua família estão tão isolados quanto no início da pandemia, quando ainda pouco se sabia sobre o vírus e a dinâmica da doença, diferentemente de agora.
Pelas razões expostas, solicito deste sindicato o máximo esforço de conciliação no âmbito da Ação Civil Coletiva visando o interesse dos alunos no sentido de serem reabertas as escolas para as aulas presenciais o mais breve possível, evitando o agravamento da desassistência, desigualdade e retrocesso na educação.
Atenciosamente
Gláucia Berenice
Vereadora
Da redação: “40% dos filhos de famílias da classe A têm acesso a aulas presenciais, enquanto nas classes D e E são 16%.. Ser representado por este sindicado deve ser motivo de vergonha para o Municipiario serio.” Este sindicato é como uma prostituta que se preocupa com dinheiro, independente de quem esta pagando”