Ribeirão e região registram alta na arrecadação de impostos federais no mês de junho

0
770
arquivo

Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram no mês de junho de 2017 arrecadação total de R$ 330,316 milhões em impostos federais O montante é 9,2% superior quando comparado a junho de 2016. Todas as rubricas sofreram variações positivas, sendo possível notar, particularmente, aumento significativo na arrecadação do IRRF, em 12,9%.

A cidade de Ribeirão Preto apresentou comportamento semelhante ao observado na região. A arrecadação atingiu a marca de R$ 166,839 milhões, valor 8,1% superior ao arrecadado em junho de 2016. Todas as rubricas analisadas apresentaram crescimentos: 22,6% para a CSLL, 19,1% para o IRPJ, 11,8% para o IPI, 7,9% para o IRRF, 6,0% para o PIS/PASEP e 3,8% para a COFINS.

As realidades local e regional repetiram o que foi registrado no Brasil e no estado de São Paulo, porém em escala superior. Em nível nacional, a arrecadação total de impostos federais em junho foi da ordem de R$ 69,667 bilhões, montante 4,1% superior ao observado no mesmo mês de 2016. No estado de São Paulo, o total de impostos federais arrecadados em junho atingiu a cifra de R$ 30,168 bilhões, valor este 4,0% superior ao observado no mesmo mês de 2016.

Os dados são do Boletim Termômetro Tributário, do Ceper/Fundace, que pode ser acessados neste link: https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201708_00306.pdf

Analisando a arrecadação acumulada de janeiro a junho em 2016 e 2017, nota-se que a arrecadação acumulada nos municípios da região de Ribeirão Preto atingiu R$ 2,220 bilhões em 2017, valor este 7,6% superior ao acumulado entre janeiro e junho de 2016. Todas as rubricas evidenciadas apresentaram crescimentos em suas arrecadações. O IRRF apresentou aumento de 13,1%, seguido do IPI, da COFINS, da CSLL, do PIS/PASEP e do IRPJ, que apresentaram crescimentos de 12,8%, 7,0%, 3,9%, 3,3% e 1,6%, respectivamente.

No município de Ribeirão Preto, o total de R$ 1.142 milhões arrecadados em 2017 representa um aumento de 7,2% no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Assim como na região, a CSLL também registrou crescimento, de 10,1%, seguida pelo IPI, IRPJ, IRRF, COFINS e PIS/PASEP que apresentaram aumentos de 7,1%, 6,9%, 5,6%, 3,0% e 2,6%, respectivamente.

Ao longo desses seis meses de 2017, a arrecadação no Brasil atingiu a cifra de R$ 438,559 bilhões, montante este que representa uma queda de 0,2% frente às cifras registradas no mesmo período do ano anterior. A maioria das rubricas sofreu quedas, nas seguintes proporções: o IRPJ, com queda de 3,9%, a COFINS, com queda de 2,7%, o IPI, com queda de 2,1%, a CSLL, com queda de 2,1% e o PIS/PASEP, com queda de 1,5%. Por outro lado, o IRRF apontou crescimento de 5,7%.

No estado de São Paulo, diferentemente do cenário nacional e assim como ocorreu em Ribeirão e região, registrou-se aumento na arrecadação: o total arrecadado entre janeiro e junho de 2017 foi de R$ 185,777 bilhões, valor 0,2% superior ao observado no mesmo período do ano anterior. Parte das rubricas, no entanto, apresentaram quedas, que foram de 2,9% para a COFINS, 2,6% para o IRPJ, 2,5% para o PIS/PASEP e 1,9% para a CSLL. Já o IRRF apresentou aumento de 4,3% em sua arrecadação, seguido do IPI,com aumento de 1,6%.

O pesquisador do Ceper e coordenador do Boletim sobre os tributos, Sergio Sakurai, ressalta que, apesar da arrecadação dos impostos federais registrada no País em junho de 2017 ter sido uma das mais baixas dos últimos cinco anos, ela representa uma recuperação frente ao mesmo mês de 2016 e uma aproximação frente ao arrecadado em junho de 2015. Já a arrecadação acumulada entre janeiro e junho de 2017, foi realmente a menor dos últimos cinco anos.

“Um dos principais responsáveis por esse resultado em junho foi o IRPF, cujo acréscimo de 6,04% se deveu principalmente à expansão na arrecadação sobre os Ganhos Líquidos em Operações em Bolsa (+337,75%). Outro responsável pelo bom desempenho de junho foi o IPI, reflexo do crescimento em 3,93% na produção industrial no mês de maio”, detalha Sakurai.

Outro fator pode ser atribuído ao setor de serviços que apresentou em junho de 2017, conforme dados do IBGE, um crescimento de 1,3% no volume de serviços prestados frente ao mês imediatamente anterior. Analisando por setor de atividade, na comparação com Maio de 2017, os melhores resultados foram para Serviços prestados às famílias e Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, ambos com crescimento de 1,0%.

Ainda de acordo com o IBGE, no mês de junho, a produção industrial mostrou variação nula em relação ao mês imediatamente anterior, interrompendo o crescimento de 2,5% acumulado nos dois meses anteriores. Entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens de consumo duráveis apresentou o maior recuo (- 6,0%), eliminando parte do avanço de 9,5% acumulado nos meses de abril e maio. Por outro lado, as categorias de bens de capital (+0,3%) e de bens intermediários (+0,1%) seguem com três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que cresceram 6,4% e 2,6%, respectivamente.