Junho repete maio nas vendas do comércio de Ribeirão Preto

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Centro de Ribeirão Preto / Foto: Arquivo

As vendas no comércio de Ribeirão Preto (SP) registraram queda de -1,58%, em junho de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, o índice é praticamente estável em relação ao mês anterior (maio) quando a queda apurada foi de -1,56%. É o que aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo SINCOVARP – Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região.

Entre as empresas entrevistadas, 58,3% declararam que as vendas de junho foram piores que as do mesmo mês do ano passado, contra 35,4% que disseram o contrário e 6,3% que consideraram as vendas equivalentes.

Setorial

A maior queda foi no setor de Presentes (–5,44%), seguido por Livraria/Papelaria (–4,47%), Tecidos/Enxoval (–3,64%), Cine/Foto (–3,50%), Eletrodomésticos (–0,72%) e Ótica (–0,13%). Variação positiva tiveram os setores de Calçados (+2,75%), Móveis (+0,90%) e de Vestuário (+0,07%).

Emprego

Em junho, o índice de emprego no comércio varejista foi levemente negativo (– 0,18%), na comparação com o mesmo mês de 2016. Entre as empresas consultadas, 97,9% mantiveram seus quadros funcionais inalterados – o que tem sido a grande tendência entre os comerciantes – enquanto 2,1% demitiram durante o mês e nenhuma das entrevistadas declarou ter contratado. O único setor que apresentou movimentação em seus postos de trabalho foi o de Livraria/Papelaria (–1,60%).

Modalidade de pagamento

Pagamentos com cartão de crédito lideraram em junho, representando 53,64% das transações no varejo. Quem registrou pequeno aumento foi a modalidade a prazo (cheques pré-datados ou carnês), que corresponderam a  15,29% das transações, enquanto que os pagamentos a vista ocorreram em 31,07% das compras no comércio ribeirão-pretano. A título de comparação, no ano de 2016 as vendas a vista foram responsáveis, em média, por 34,86% das transações no comércio, e as vendas a prazo por 12,46%.

Análise

Segundo Marcelo Bosi Rodrigues, economista do SINCOVARP e responsável pela pesquisa, o consumidor ainda tem tido certa cautela ao sair às compras. “Alguns indicadores macroeconômicos tais como inflação e taxa de juros estão sob controle e têm apresentado quedas sucessivas o que é positivo para a economia. A aprovação da reforma trabalhista também é um marco positivo para o país. Já o cenário político ainda gera incerteza e freia o aumento do consumo, uma vez que ninguém é capaz de saber quem estará Presidente da República daqui a alguns meses”, explica.

Ainda de acordo com Rodrigues, em meio a toda essa turbulência um fato é inegável: o país está passando por um processo singular de amadurecimento de suas instituições e de sua democracia. “Tomara que isso nos leve adiante e nos fortaleça enquanto nação. Ainda teremos dias turbulentos, mas, ao que tudo indica, sairemos melhores e mais fortalecidos”, conclui.