É o que aponta o levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo SINCOVARP/CDL que voltará a ‘medir a temperatura das vendas’ também na semana que antecede a data sazonal mais importante do calendário lojista
O SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região), e a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), projetam crescimento médio entre 7% e 10% nas vendas de Natal desse ano, na comparação com o mesmo período de 2022, quando a alta apurada foi de apenas 1,56% (mesmo assim, foi acima da média nacional) em relação a 2021. É o que aponta o primeiro levantamento, alusivo à principal data do calendário do Comércio, realizado pelo Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido pelas duas entidades, e que voltará a ‘medir a temperatura das vendas’ na semana que antecede o Natal. Nesse ano, o ticket médio do presente deve variar entre R$ 200 e R$ 250, dependendo do produto.
“No Natal de 2021, tivemos alta média de 11,4%, nas vendas, em relação a 2020, justificada pela forte demanda reprimida gerada pela pandemia. Já em 2022, o crescimento foi tímido, de apenas 1,56%, explicado pelo acúmulo dos severos reflexos da crise socioeconômica que a pandemia desencadeou, em especial, a queda do poder de compra e o alto nível de endividamento do consumidor. Agora, em 2023, o cenário volta a ser mais otimista porque houve um período de maior recuperação da economia, apesar do endividamento e da inadimplência ainda estarem em níveis elevados, no Brasil”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
Em nível nacional, a CNC (Confederação Nacional do Comércio), estima crescimento de 5,6% nas vendas de Natal, em 2023. Ribeirão Preto deve ter o desempenho acima da média por ser um polo de consumo regional. “Milhares de consumidores de toda a macrorregião costumam vir à Ribeirão Preto fazer suas compras e aproveitam para curtir programas diferentes, muitas vezes em família. Isso também acaba movimentando outros setores conectados ao Varejo, como os de restaurantes, bares, cultura e entretenimento, hotelaria e postos de combustíveis, entre outros”, destaca o pesquisador.
Consumidor dividido
Pesquisa feita, em todas as capitais, pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offerwise, mostra que, neste ano, 33% dos trabalhadores com direito ao décimo terceiro pretendem comprar presentes de Natal, o que representa aproximadamente 23 milhões de consumidores. Já 29% pretendem economizar, poupar ou investir, 25% gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo e 21% pagar dívidas em atraso.
A pesquisa ainda mostra que 56% dos entrevistados pretendem fazer bicos para comprar mais presentes de Natal, principalmente os das classes C, D e E (62%). De acordo com o levantamento, aproximadamente 68,8 milhões de consumidores farão atividades extras para consumir mais no Natal.
“Essa é uma tendência que também se repete em Ribeirão Preto e região. Os brasileiros querem e gostam de comprar presentes de Natal, mas também se preocupam com os tradicionais gastos de começo de ano, sem falar no período de férias no qual as crianças e adolescentes acabam demandando mais recursos dos pais. É ‘um olho no peixe e outro no gato’. A maioria está se virando como pode para aumentar o poder de consumo e fazer um Natal melhor, sem maiores complicações na entrada de 2024”, finaliza Galli.