O setor de turismo perdeu cerca de R$ 11 bilhões na segunda quinzena de março por causa da pandemia do coronavírus.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a queda é de 84% no faturamento em relação ao mesmo período de 2019.
Ao longo de março, o isolamento social e o fechamento das fronteiras a estrangeiros em diversos países, reduziram drasticamente o fluxo de passageiros em todo o mundo.
O setor de turismo é um grande gerador de postos de trabalho, como revela uma análise feita pelo Ministério do Turismo, com base em dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego. O setor contribuiu com 6,25% dos empregos formais, ou seja, cerca de três milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregos diretos em serviços como hospedagem, alimentação, transporte, agências de viagens, aluguel de transporte, cultura e lazer.
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), que apresentou no início de abril o seu estudo anual sobre a economia do turismo, também aponta para o fato de o setor ter gerado cerca de três milhões de postos de trabalho diretamente e que a contribuição total (diretos, indiretos e induzidos) chegaria a 8,4 milhões.
No Brasil, as taxas de cancelamento de voos nacionais e internacionais saltaram de uma média diária de 4% nos primeiros dias de março para 88% até o final daquele mês.
Os quatro aeroportos que atendem às regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo registraram taxas de cancelamento superiores a 80% no fim de março.
Os aeroportos de Goiânia e Salvador, por sua vez, chegaram a zerar o tráfego aéreo em determinados dias do mês passado.