A Indústria de Produtos Alimentícios Cory acaba de completar 50 anos e ao mesmo tempo em que comemora seu Jubileu de Ouro, o fundador e presidente da empresa, Nelson do Nascimento Castro, será homenageado como Industrial do Ano, no próximo dia 25 de maio (sexta-feira), às 19h, em solenidade na Câmara Municipal de Ribeirão Preto. A indicação para o prêmio é realizada por associados da regional do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) junto com as diretorias regionais do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Sesi (Serviço Social da Indústria). A concessão da honraria é feita pelo legislativo local.
Esse reconhecimento não veio apenas pela trajetória bem-sucedida da Cory, mas também pelas enormes dificuldades superadas no caminho percorrido até aqui. A empresa é um caso de sucesso raro no Brasil. Conseguiu reverter uma falência decretada pela justiça no início dos anos 2000.
“Em meio a um momento difícil na economia brasileira, a Cory pediu concordata e de forma completamente inusitada tivemos falência decretada pela justiça, apenas 12 dias após o vencimento da primeira parcela da concordata. Por conta disso, ficamos quatro meses fechados. Perdemos crédito e muito dinheiro, e ainda tivemos nossas marcas clonadas. Só não perdemos a fé e a esperança”, conta Castro.
Após um árduo processo de Recuperação Judicial, que teve como base uma gestão eficiente e a capacidade de extrair das pessoas o melhor de seus talentos, a Cory se reergueu e voltou a ser uma empresa lucrativa mantendo centenas de empregos e oportunidades.
Investimento em educação
Em 2003, Nelson do Nascimento Castro concretizou mais um sonho: a implantação do Instituto Cory de Educação e Cultura, em Arceburgo (MG). Oinstituto atende cerca de 200 crianças, alunos dos ensinos infantil e fundamental, metade deles de filhos de colaboradores da fábrica e a outra metade crianças da comunidade.
“A solução para o país está na educação. Sabemos que não vamos resolver sozinhos o problema desta área no Brasil, mas isso não pode ser desculpa para ficarmos paralisados, criticando e esperando a solução partir do governo. Resolvemos fazer a nossa parte!”, comenta.
O objetivo do ICEC, que conta com apoio da Prefeitura de Arceburgo (MG), é promover, gratuitamente, a educação e o desenvolvimento integral dos alunos em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. A metodologia de ensino é pautada na filosofia sócio interacionista construtivista que respeita e trabalha com as individualidades dos alunos, conforme as metas e referenciais do Ministério da Educação.
As instalações do Instituto possuem salas arejadas, cozinha, refeitório, pátio, playground, além de imensa área verde com árvores frutíferas e horta.
E tem mais…
Outra iniciativa da Cory é o ‘Natal Solidário’, projeto em que todos os colaboradores da empresa dedicam um dia de trabalho para ajudar o próximo. Em 2017, a ação ajudou a salvar vidas. A equipe da Cory doou sangue ao Hemocentro de Ribeirão Preto e ao Banco de Sangue de Alfenas (MG). Ao todo, 220 funcionários se solidarizaram.
“Temos sempre que pensar no próximo. Doar um pedacinho da nossa vida, para salvar outras. Faz parte do nosso propósito a doce alegria em servir e cuidar das pessoas”, diz Castro.
Livro
A história de superação da Cory foi imortalizada por Nelson do Nascimento Castro no livro “O Vôo do Hipopótamo”, lançado em 2006, nome que é uma referência ao biscoito Hipopó,fabricado pela empresa. Toda a renda da obra é revertida ao ICEC.
“Costumo dizer que há muitas coisas que não podemos mudar. Eu não posso mudar Brasília, não posso mudar o governo, mas posso mudar minha empresa, meu trabalho e a minha vida. Concentrar-se naquilo que podemos fazer é uma maneira de obtermos resultados surpreendentes!”, revela Castro.
Sobre a Cory
Uma história que começou em 1968, quando Nelson do Nascimento Castro deixou de ser funcionário de uma grande empresa para realizar o sonho de iniciar o próprio negócio. Abriu a Panificadora Bengala, em Lins (SP), uma “padaria sem forno”, ele ressalta, pois não tinha dinheiro para adquirir um. “Comprávamos o pãozinho de um concorrente e depois revendíamos. Aos poucos fomos conseguindo o capital e finalmente compramos um forno. No tempo ocioso fabricávamos bolos, bisnaguinhas e biscoitos. Até que em 1971 a padaria virou indústria”, relembra.
Três anos depois, Castro empreendeu ainda mais e comprou a Fábrica de Balas Apache, em Ribeirão Preto (SP). Mais tarde decidiu unir as duas empresas e centralizou tudo em um só prédio, no Bairro Lagoinha, zona leste de Ribeirão, onde está a sede da Cory até hoje.
Em 1980, a Cory lançou as balas IceKiss, do inglês “Beijo gelado”, que se tornou líder de mercado com a estratégia de colocar recadinhos de paquera e figurinhas com horóscopo e fotos de artistas nas embalagens.
“Há dois mil anos as balas existem no mundo e sempre foram consumidas pelo sabor que é um valor sensorial. Aí agregamos um elemento de socialização que fez com que a IceKisscaísse no gosto dos consumidores e virasse mania nacional. Hoje, de cada três balas consumidas no Brasil, uma é IceKiss!”, revela.
A aposta seguinte foi o lançamento da bolacha Hipopó, que rapidamente conquistou a criançada com seu personagem cheio de carisma.
Atualmente a Cory mantém 600 postos de trabalho na matriz, em Ribeirão Preto (SP), e na unidade de Arceburgo (MG). Produz mais de 100 toneladas diárias de diversos produtos distribuídos no Brasil e mais 20 países. No portfólio da Cory, marcas conhecidas como as balas, drops e gomas de mascar IceKiss e as bolachas Hipopó, carros-chefe da empresa, além das balas Azedinha, Lilith, Chita, e uma grande linha de biscoitos, bolachas e pães de mel com as marcas Dimel, Quero-Quero e ShowGol.
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