Imagine contratar alguém por 30 anos sem poder demitir essa pessoa.
Pense, agora, que a profissão dela pode deixar de existir em menos de três décadas. É o que ocorre no funcionalismo público brasileiro, que abriga “ascensoristas”, “classificadores de cacau”, “operadores de computadores”, entre outros cargos obsoletos.
No momento há 3 mil datilógrafos no serviço público federal; custaram R$ 400 milhões ao contribuinte em 2020. Ao todo, há cerca de 70 mil funcionários ocupando cargos que foram extintos. Seu custo é de R$ 8,2 bilhões por ano, informou o jornalista J.R. Guzzo, em artigo veiculado por Oeste.
“A reforma administrativa está travada. Mas será que não se pode mexer nem nessa história das profissões que não existem mais? Não, não pode, dizem a esquerda e os centristas-equilibrados-social-democratas. E deixar assim como está, mas mudar para os novos contratados, pelo menos? Não, também não pode. Não pode nada. Não insista, senão você ainda acaba na CPI da Covid, levando pancada da turma que defende ‘a vida’ e que não pode nem ouvir falar em reforma administrativa”, acrescentou o jornalista, no artigo.