Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, com todas as mudanças políticas e econômicas ainda em andamento, o Banco Central (BC) manteve, mais uma vez, a Selic em 6,5%. A taxa está nesse patamar desde o fim do ciclo de quedas, em março de 2018.
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), não era de se esperar que houvesse uma ação distinta do Banco Central, e a medida é totalmente justificada para o momento, apesar de a inflação se mostrar mais controlada do que o previsto; o câmbio, um pouco mais valorizado; e de haver boas perspectivas para aprovação de reformas – em especial, a da Previdência –, nada está de fato garantido.
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses é menor do que 4%, e o projetado está abaixo desse patamar. Nessa perspectiva, o Banco Central teria condições de reduzir juros, mas agiu com cautela, justificada pelo momento de incertezas.
A FecomercioSP, que sempre apoiou todo o processo de redução de juros, espera que no médio prazo – com as reformas aprovadas ou, ao menos, bem encaminhadas – o País termine de fazer seu ajuste fiscal, permitindo não só a queda mais acentuada de juros, como também a recuperação de emprego, renda, consumo e produção. Caso contrário, o cenário pode se inverter, exigindo ciclos indesejáveis de alta de juros.
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 137 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro –, gerando em torno de 10 milhões de empregos.