Os deputados e senadores não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.”
📜 BASE CONSTITUCIONAL
De acordo com o Art. 53, §2º da CF/88:
“Os deputados e senadores não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.”
Isso significa que:
- Imunidade formal: Prisão só é permitida se o parlamentar for pego em flagrante cometendo crime sem direito a fiança (ex.: racismo, tortura, tráfico de drogas).
- Crimes comuns: Para prisão após o fato (preventiva ou temporária), é obrigatória autorização prévia da Casa Legislativa (Câmara ou Senado).
🔍 O CASO ZAMBELLI: ONDE ESTÁ A POLÊMICA?
A decisão do ministro Alexandre de Moraes determinou:
- Prisão preventiva (não em flagrante);
- Bloqueio de passaportes, contas, salários e redes sociais;
- Inclusão na lista vermelha da Interpol.
🚨 Argumentos dos críticos:
- Violação da imunidade parlamentar:
- Zambelli não foi presa em flagrante;
- O STF não solicitou autorização da Câmara dos Deputados para a prisão (art. 53, §2º).
- Precedente perigoso:
- Em 2022, o STF prendeu o deputado Daniel Silveira no mesmo contexto (inquérito das fake news), mas o caso teve autorização da Câmara posteriormente. Aqui, não houve qualquer trâmite legislativo.
- Fuga ou tratamento médico?
- Zambelli alega estar nos EUA para tratamento de saúde;
- Moraes considera risco de fuga devido às acusações graves (articulação golpista e milícias digitais).

⚠️ PONTOS DE TENSÃO ENTRE PODERES
| STF (Moraes) | Defesa (Zambelli) |
|---|---|
| Prisão preventiva é válida por crimes contra Estado Democrático (Lei 14.197/21). | Prisão sem flagrante e sem aviso à Câmara fere art. 53 da CF. |
| Inquéritos sigilosos apontam ataques ao STF e golpismo. | Decisão é “ilegal, inconstitucional e autoritária” (nota da deputada). |
| Bloqueios são para preservar provas e coibir crimes. | Medidas são censura e perseguição política. |
🧩 CONTEXTO DOS INQUÉRITOS
- Inquérito das Fake News (4.781/DF):
- Acusação: Divulgar notícias falsas e ameaças a ministros do STF.
- Repercussão: Zambelli já teve redes sociais bloqueadas em 2023.
- Inquérito das Milícias Digitais (4.874/DF):
- Acusação: Organizar ataques golpistas pós-eleições 2022.
- Provas: Mensagens e reuniões com aliados para desestabilizar instituições.
🌎 SITUAÇÃO ATUAL DA DEPUTADA
- Localização: Estados Unidos (Flórida), desde 25/06 (via Buenos Aires);
- Medidas extremas: Inclusão na Interpol torna qualquer país obrigado a detê-la;
- Licença médica: Zambelli anunciou licenciamento do mandato para tratamento de saúde.
🔮 O QUE ESPERAR?
- Recursos no STF: A defesa deve contestar a decisão com base na imunidade parlamentar;
- Reação da Câmara: Presidente Arthur Lira (PP-AL) precisará se manifestar sobre o desrespeito ao rito constitucional;
- Crise institucional: O caso reacende o debate sobre limites do STF e independência dos Poderes.
“Quando o Judiciário ignora o Legislativo, abre-se um precedente perigoso para a democracia.”
— Jurista constitucionalista ouvido pelo portal.
✅ PERSPECTIVA JURÍDICA NEUTRA
Apesar da gravidade das acusações, a prisão de Zambelli sem prévia autorização da Câmara fere o texto constitucional. O STF argumenta que crimes contra a democracia justificam medidas excepcionais, mas o caminho correto seria:
- Solicitar suspensão da imunidade à Câmara;
- Só então decretar a prisão.
O caso Silveira (2022) seguiu esse rito. A omissão aqui gera insegurança jurídica e alimenta tensões políticas.
JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
Em Ribeirão 10 anos analisando fatos com isenção e respeito à lei
⚠️ Precisão factual: Esta análise baseia-se estritamente na Constituição e em decisões judiciais públicas.
ENTENDA:
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