Previsto para ocorrer no fim da noite, brasileiros terão visão privilegiada de Lua da sangue que só deve ser visto novamente no país em 2025. O que influencia em sua vida?
Um eclipse lunar total com uma “Lua de Sangue” poderá ser visto no Brasil na noite do próximo domingo (15), segundo o professor do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Costa.
Este será o único eclipse lunar total que acontecerá neste ano, segundo os astrônomos. O próximo será apenas em maio de 2025.
‘Lua de Sangue’
O eclipse lunar total ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. Com isso, a Terra cobre totalmente o disco da Lua e isso causa o fenômeno. O satélite natural terrestre então fica com uma cor avermelhada — que passou a ser chamada de “Lua de Sangue”.
O professor de astronomia da USP afirma à BBC News Brasil que o termo “Lua de Sangue” se popularizou nos últimos anos após ser usado com frequência pela imprensa.
A cor avermelhada ocorre, explica o professor, porque a atmosfera da Terra age com um filtro para a luz do Sol.
De onde e quando ver o eclipse lunar
O eclipse lunar poderá ser visto completamente de todo o território brasileiro. O professor diz que será muito fácil vê-lo no país porque ele ocorrerá no fim da noite e a Lua estará numa posição alta.
De acordo com o professor, o eclipse parcial poderá ser visto a partir do próximo domingo às 23h28, no horário de Brasília. À 0h29 de segunda-feira (16/02), começará o eclipse total, que vai durar até 1h54.
“Lua de sangue”: lendas mitos sobre o eclipse lunar
Incas, mesopotâmicos, hindus, povos ancestrais da América e África: todos construíram interpretações sobre os eclipses. Vale conhecê-las — mas, também, contemplar o fenômeno em si mesmo…
Maldade da lua
Para muitas civilizações antigas, a “lua de sangue” vem com intenções demoníacas. O povo inca interpretava o colorido vermelho profundo atacando e comendo a lua. Acreditavam que o jaguar voltaria então sua atenção para a Terra, de modo que as pessoas gritavam, agitavam suas lanças e faziam seus cães latir e uivar, esperando fazer barulho suficiente para afastar o jaguar.
Crescente, nova, cheia e minguante: os ciclos da lua envolvem diferentes intensidades de energia que, obviamente, refletem na terra e na vida humana em proporções distintas. Algumas situações são visíveis, caso das marés que oscilam conforme a força gravitacional do satélite e, também, do Sol. Mas não é só a isso que a lua está associada.
“Ela influencia as águas do universo de modo geral, inclusive as águas de uma gestação dentro da barriga da mulher. Então nós, que temos o corpo marcadamente preenchido com água, também somos muito influenciados pela lua”, ressalta a astróloga Mozana Amorim. Como a especialista observa, cada fase marca um ritmo e é um convite para vivermos determinadas emoções e adotarmos (ou não) certas ações.
Cheia: a lua da celebração Tudo o que era promessa na lua nova e foi trabalhado na crescente encontra seu ápice na fase cheia. É a lua da potência máxima. É o momento de celebrar e comemorar as conquistas, olhar para o que foi feito e o que deu certo. O período é de fertilidade máxima. É a hora da exposição e de se abrir. É o período de momento de evolução e de iluminação.