As obras para restauração da herma do Barão do Rio Branco, instalada em frente à prefeitura de Ribeirão Preto, foram concluídas e o monumento apresentado na manhã desta sexta-feira, 13 de abril. Participaram da solenidade o prefeito Duarte Nogueira, o restaurador responsável pelo trabalho, mestre prateiro Carlos Alberto Roseiro, a secretária de Cultura, Isabella Pessoti, o secretário de Turismo, Edmilson Domingues e o empresário Maurílio Biagi.
O chefe do Executivo enfatizou a importância em preservar as memórias históricas que a cidade possui. “Em 105 anos, a herma nunca havia sido restaurada, ficou sob as intempéries, talvez por falta da percepção das pessoas”, disse.
Instalada em 1913, a herma é uma homenagem à José Maria da Silva Paranhos, mais conhecido como Barão do Rio Branco, por sua importância histórica para o Brasil. Jornalista, político e diplomata brasileiro, foi ministro das Relações Exteriores do Brasil de 1902-1912 e modelou as fronteiras modernas do país.
Antes do restauro, a herma de bronze polido encontrava-se sem a pátina. Devido à ação do tempo e atos de vandalismo – foi pichada em 2013 – seu estado de conservação estava prejudicado.
A obra de restauração retirou a oxidação da peça e refez 80% da guirlanda apresentada na base do monumento. Finalizado o trabalho de restauro, a herma do Barão do Rio Branco voltou a ser um bronze polido, exatamente como era em 1913.
Barão do Rio Branco*
Segundo historiadores, José Maria da Silva Paranhos entrou para a história brasileira por ter resolvido importantes questões de fronteiras com a Argentina, França e Bolívia, tendo incorporado 900 mil quilômetros ao território nacional sem necessidade de conflitos armados.
De acordo com os estudiosos, o título de “barão do Rio Branco” foi concedido ao diplomata pela Princesa Isabel, em 20 de maio de 1888. Ele o usaria por toda a vida, mesmo durante a República.
Quando faleceu, em 10 de fevereiro de 1912, em pleno Carnaval, a festa no Rio de Janeiro foi adiada por conta das homenagens e da comoção popular. Em 1912, a capital do Acre, então chamada Vila Pennápolis, passou ser a denominada “Rio Branco”. Seu rosto estampou a antiga nota de 1000 cruzeiros durante anos. Por antonomásia, as pessoas passaram a designar dinheiro por barão.