O filhote que nasceu no dia 15 de julho, no Bosque e Zoológico Municipal Fábio Barreto, é um exemplar de cervo do Pantanal Blastocerus dichotomus, espécie ameaçada de extinção. Depois do período de cuidados e adaptação, o animal já pode ser visto nas baias do recinto.
O Zoológico do Bosque Municipal Fabio Barreto é um dos poucos do Estado de São Paulo que tiveram condições de receber e manter alguns dos espécimes resgatados pelo professor doutor Maurício Duarte Barbante, da Unesp de Jaboticabal, coordenador do programa de conservação da espécie.
Segundo Alexandre Gouveia, chefe do Zoo/Bosque, o filhote devido ao fato de ser tão raro, e do risco de rejeição pela mãe, ainda não pode ser manipulado, e por isso, não se sabe qual seu sexo. O bebê passa seus primeiros dias nas baias do recinto, onde é visitado pela mãe, que vai amamentá-lo algumas vezes por dia.
Sobre a espécie: A espécie chega a medir até dois metros de comprimento e apresenta uma cor marrom-avermelhada, ponta do focinho e patas pretas e grande galhada ramificada. É também conhecida pelos nomes de açuçuapara, cervo, veado-galheiro, suaçuapara, suaçuetê, suaçupucu e suçuapara.
Os cascos são longos e unidos do lado interno por uma membrana que facilita ao animal caminhar em áreas alagadas. Na época do crescimento da galhada, o macho escolhe plantas que suprem as necessidades de seu organismo para o desenvolvimento da mesma.
O cervo alimenta-se de brotos de plantas, especialmente leguminosas. O período de gestação é de nove meses, nascendo apenas um filhote por ano. Não há uma estação de nascimento nítida. No Pantanal, eles ocorrem de maio a outubro, antes da estação chuvosa.
Os cervos ainda sofrem ameaças graves: as várzeas vêm sendo degradadas por canais de drenagem e por assoreamento, além de intenso uso pecuário.
Vale lembrar que o Zoo/Bosque Municipal Dr. Fábio Barreto estará aberto nesta quarta-feira, dia 12, feriado, das 9h às 17h.