O Bosque/Zoo “Fábio Barreto” recebe por ano, cerca de 800 animais, vítimas de maus tratos provocados por acidentes, como atropelamentos, queimaduras, choques elétricos, caça predatória, tráfico, entre diversos outros motivos.
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Ao ser entregues aos veterinários do Bosque/Zoo, eles passam por uma triagem e são encaminhados, se forem filhotes, ao berçário, quando acometidos por alguma lesão, são encaminhados ao setor de medicina veterinária. Cerca de 70% destes animais se recuperam e são levados aos centros de reabilitação de animais silvestres e áreas de soltura para animais silvestres, sendo eles a Associação Mata Ciliar, Instituto Espaço Silvestre e MP Fauna Ambiental para que sejam reintegrados em seu meio ambiente natural.
“Originalmente os zoológicos foram criados para exibição de animais selvagens. Com o passar dos anos essa função foi mudando e iniciaram-se pesquisas com objetivo de adaptar os recintos e alimentos, tornando-os mais próximos do ambiente natural. Com isso os animais alcançavam uma longevidade maior e geravam descendentes” explica Alexandre Carvalho Gouvêa, chefe do Bosque/Zoo”Fábio Barreto”.
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Atualmente, no setor de quarentena do Zoológico de Ribeirão Preto, existem espécimes no final do tratamento e aguardando a transferência para as áreas de soltura. Se não houver uma recuperação que possa proporcionar condições de retorno à vida livre, eles permanecerão no zoológico ou serão encaminhados a outras instituições para fins educativos ou reprodutivos. “Com o envolvimento de empresas públicas e privadas está sendo possível esse trabalho tão importante que é feito, não só no zoológico de Ribeirão Preto, mas também em muitas instituições do Brasil e do mundo. Uma parceria que vem se mostrando cada vez mais importante e eficaz na linha de resgate – cativeiro – reabilitação, possibilitando para muitos animais, vítimas da ação humana, uma nova chance”, comenta Gouvêa.