Desde 2005, os Amigos do Bem levam alimentos, roupas, brinquedos, educação, infraestrutura, além de atendimento médico e odontológico para as famílias atendidas de Inajá (PE), distribuídas nos povoados de Baixas, Boa Vista, Caldeirão, Caraibeiro, Lagoa da Entrada, Olho d’Água, Santa Rita e Serra Grande.
Para o povoado de Caldeirão, o ano de 2017 já registra novas conquistas dos Amigos do Bem: a construção de casas de alvenaria para as famílias que ainda vivem em casas de taipa. As primeiras 32 casas já foram entregues em 2011, para famílias como a de Dona Mira:
“Quando chegou o material para construir a casa eu nem acreditei e disse, ‘Será que é?”. Ai pronto quando o motorista disse: ‘este é o material da casa da Mira’- ai sai logo pra ajudar a descarregar o caminhão”, conta e comemora a conquista: “Hoje estou muito feliz com minha casa, pois eu não tinha condições de construir”. Agora, mais famílias se preparam para deixar as casas de taipa.
A região também está sendo beneficiada com oportunidades nas frentes de trabalho autossustentável que o projeto promove, além da frequência das crianças e jovens no Centro de Transformação de Inajá, onde têm acesso a atividades educacionais e cursos profissionalizantes em período integral. Hoje, em Inajá, são mais de 626 famílias assistidas, 516 alunos matriculados no ensino regular, 30.960 refeições servidas mensalmente, mais de 660 km rodados por semana pelo transporte escolar, 8 poços perfurados e 32 casas construídas.
O movimento de transformação promovido pelos Amigos do Bem visa erradicar a fome e a miséria. O índice pluviométrico de Inajá é de 227 mm por ano, o equivalente a um mês de chuva em São Paulo. Isso, somado ao abandono secular que a região enfrenta, tem como resultado a fome e a seca: a desnutrição no Nordeste chega a 17,9%, enquanto no Centro-Sul do país este percentual é de 5,6%.
“No Brasil, mais de 34 milhões de pessoas são desnutridas. Nós fomos justamente para o sertão nordestino, que é o semi-árido mais populoso, e é ali que está o maior foco de miséria do nosso país”, explica Alcione de Albanesi, presidente do projeto.
Para garantir a sustentabilidade e, principalmente, ampliar o alcance de atuação do projeto, que atende 60 mil pessoas nos estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco, a cada dois anos os Amigos do Bem promovem um jantar beneficente para levantar recursos. Em sua 6ª edição, realizada no final de 2016, reuniu 3 mil participantes entre empresários, executivos e formadores de opinião, que puderam conhecer a atuação dos Amigos do Bem e suas histórias de transformação. Como compromisso selado desse encontro, para os anos de 2017 e 2018 está justamente a construção de mais casas de alvenaria, além da ampliação de bolsas para os jovens nas universidades, aquisição de 6 ônibus escolares, implantação de novos cursos profissionalizantes, armazenamento e distribuição de água e a geração de mais mil postos de trabalho. “Vamos fechar mais portas da miséria e abrir portas para uma vida nova”, diz Alcione.
Assista ao vídeo sobre o povoado do Caldeirão:
Sobre o Amigos do Bem
O trabalho começou em 1993, liderado por Alcione de Albanesi, e tornou-se um dos maiores projetos sociais do Brasil, atendendo 60 mil pessoas, no sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará. O objetivo da Instituição é combater a fome e a miséria e promover a transformação de vidas através de diversos projetos educacionais e autossustentáveis. A instituição já construiu quatro Cidades do Bem, dotadas de completa infraestrutura, e Centros de Transformação para atender 10 mil crianças e jovens, com ensino regular e cursos profissionalizantes. Além disso, desenvolve o potencial de cada localidade, com projetos que geram renda e trabalho para milhares de pessoas. Concentrados na cidade de São Paulo, mais de 6 mil voluntários multiplicam-se na tarefa de fazer o Bem, auxiliando mensalmente às 60 mil pessoas atendidas pelo projeto.
Para mais informações sobre os amigos do bem, acesse www.amigosdobem.org