Enquanto o mundo repudia eleições fraudadas na Venezuela, Brasil apoia Maduro e confirma presença na posse do ditador

Governo brasileiro enviará embaixadora para cerimônia que legitima mais um mandato autoritário de Nicolás Maduro, ignorando denúncias de fraude e violação dos direitos democráticos.

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Governo brasileiro enviará embaixadora para cerimônia que legitima mais um mandato autoritário de Nicolás Maduro, ignorando denúncias de fraude e violação dos direitos democráticos.

Enquanto países democráticos ao redor do mundo repudiam as eleições fraudulentas da Venezuela, o governo brasileiro segue na contramão da história e confirmou a presença da embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, na posse de Nicolás Maduro. O evento está marcado para o próximo dia 10 de janeiro, quando o ditador fará o juramento na Assembleia Nacional, iniciando seu terceiro mandato consecutivo, que vai até 2031.

A presença brasileira na cerimônia é vista como um gesto claro de apoio ao regime autoritário venezuelano, ignorando as denúncias internacionais de irregularidades no processo eleitoral. Apesar da pressão de organizações internacionais e da oposição venezuelana, que afirma ter coletado mais de 80% das atas eleitorais provando a vitória da coalizão de direita Plataforma Unitária, o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela segue sem publicar os resultados detalhados do pleito.

Aliados de longa data

Apesar de discursos diplomáticos para a imprensa que tentam camuflar os laços ideológicos, Lula e Maduro mantêm uma relação histórica de parceria política. Recentemente, Lula elogiou as “instituições venezuelanas” e foi prontamente retribuído por Maduro, que classificou as palavras do presidente brasileiro como “sábias”.

O governo brasileiro, que inicialmente enviaria observadores eleitorais para acompanhar o pleito na Venezuela, desistiu após declarações de Maduro afirmando que “as urnas brasileiras não são auditadas”. Curiosamente, a fala do ditador venezuelano não gerou nenhuma reação firme por parte das autoridades brasileiras.

Apoio que mancha a imagem do Brasil

Enquanto democracias sólidas denunciam as fraudes eleitorais e se recusam a legitimar o novo mandato de Maduro, o Brasil opta por um caminho de submissão ideológica. A presença oficial na posse do ditador reforça o apoio político do governo brasileiro ao regime venezuelano, ignorando a fome, a miséria e o êxodo de milhões de venezuelanos que fogem do colapso econômico e social causado pelas políticas chavistas.

Cegueira ideológica custará caro

A decisão do Brasil de enviar uma representante oficial à posse de Maduro mancha a imagem internacional do país e afasta o governo brasileiro das nações que defendem os princípios democráticos. Enquanto o povo venezuelano luta por liberdade, democracia e dignidade, o Brasil estende a mão para um regime que se perpetua no poder por meio da fraude e do autoritarismo.

Especialista da área da matéria do portal em Ribeirão, o único portal independente da região que não recebe verbas públicas.

“A verdade sempre prevalece, mesmo quando muitos tentam escondê-la. Que Deus tenha misericórdia do povo venezuelano.”