A Abrasel (Associação Brasileira de bares e Restaurantes) entende que a preservação de vidas neste momento de pandemia pela Covid-19 é de extrema importância.
Ao mesmo tempo, observa com apreensão ainda maior as medidas anunciadas nesta sexta-feira, dia 26 de junho, por parte dos governos Estadual e municipal, prorrogando a Quarentena por mais 14 dias, até o dia 14 de julho.
É importante lembrar que o setor de bares e restaurantes, um dos maiores geradores de empregos do Brasil, é um dos mais impactados com o prolongamento da quarentena, que deverá atingir 121 dias no dia 14 de julho. Um tempo longo – 100 dias de portas fechadas – representa até o momento 15 mil demissões e 20% (2,4 mil) dos estabelecimentos já fechados. Números estes que vão subir nos próximos dias.
E extremamente importante que a administração municipal olhe o setor com atenção ao longo da próxima semana. Os bares e restaurantes possuem um rígido protocolo para reabertura, garantindo toda a segurança e saúde aos clientes.
Tais medidas, embasadas em normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e entidades de saúde, sempre estiveram presentes no dia a dia do setor.
Na próxima semana, a Abrasel fará uma intensa campanha junto ao setor para reforçar as medidas de segurança e pedir a ajuda e apoio dos estabelecimentos no rigoroso cumprimento das normas e protocolos recomendados.
Hoje, por todas as exigências impostas pelas autoridades de vigilância, o setor é um dos que impõe menor risco de disseminação do vírus.
Outras atividades com menor controle e sem a mesma capacidade do setor de garantir distanciamento das pessoas continuam abertos
O ponto positivo hoje foi o ajuste no Plano São Paulo, ao considerar os bares e restaurantes da Capital na faixa amarela na reabertura, com sugestões feitas pela Abrasel, como a troca de áreas livres por áreas arejadas.
“Conseguimos sensibilizar o secretário Marco Vinholi, que a forma como estava o Plano São Paulo inviabilizaria a abertura de 90% dos restaurantes e bares do Estado”.
PERDAS
Estudo divulgados nesta semana pela empresa IPC Maps estima que as famílias da região devem gastar neste ano R$ 91.804 bilhões, contra os 97.157 bilhões de 2019.
Segundo o levantamento, a expectativa é de que o consumo com alimentação fora do lar (restaurantes, Bares, padarias e afins) neste ano atinja R$ 3.575 bilhões, inferior aos R$ 5.949 bilhões de 2019, uma queda de 39,91%.
Em três meses de quarentena, que representam um 25% do ano, já tivermos uma queda de 20% na região”, afirma o presidente da Abrasel RMC Matheus Mason
Mason lembra, ainda, que no inicio deste ano, antes da pandemia, as projeções da entidade apontavam para uma leve recuperação, iniciada no final de 2019.
“Para atenuar esta retração forte, precisaremos, mais do que nunca, de políticas de incentivos que cheguem aos pequenos negócios, linhas de crédito e reformas estruturantes”, acredita. “Estas três ações vão ser fundamentais para que o setor volte a contratar, reduza seus custos operacionais e gere vendas quando esta crise econômica e sanitária terminar”.