O Boletim Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, mostra que em dezembro de 2019 foram confirmados 80 casos de dengue em Ribeirão Preto. A comparação com o mesmo período de 2018, quando foram registrados 38 casos da doença, aponta aumento de 52,5%.
Já o número de casos em 2019 é de 14.189 pessoas infectadas pela doença. O número é 5.135,79% maior que o registrado no mesmo período de 2018, quando ocorreram 271 registros de dengue.
Arrastões nos finais de semana
Os mutirões de limpeza, empreendidos semanalmente pela cidade ao longo do ano passado, já recolheram mais de 50 toneladas de entulhos que acumulam água parada, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti.
O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini, afirma que o trabalho de combate e prevenção à doença na cidade está sendo feito sem trégua, além dos arrastões de limpeza que irão continuar. São ações diárias, com equipes de Agentes de Combate a Endemias nas ruas em campanhas de conscientização, treinamentos de equipes e nebulização frequente, sendo que o número confirmado está dentro dos parâmetros aceitáveis, se comparado às demais cidades do Estado.
“80% dos casos estão nas casas das pessoas e a conscientização da população é fundamental. Cada morador deve cuidar do seu quintal, eliminando focos de água parada para que o mosquito não se desenvolva. Portanto, além das nossas atividades, precisamos muito da participação da população limpando sua própria casa” alerta o chefe da pasta.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Luzia Marcia Romanholi Passos, ressalta que são encontrados e recolhidos muitos criadouros do mosquito nas regiões mais preocupantes da cidade durante o trabalho de campo, que prevê, além do recolhimento do material, orientação às pessoas.
“A conscientização e ajuda da população são fundamentais para o controle da doença. Portanto, solicitamos aos moradores da cidade que limpem suas casas, seus quintais semanalmente e não deixem acumular água parada, ambiente ideal para o mosquito crescer. Somente assim conseguiremos vencer essa batalha na cidade”, alerta da diretora.
Três óbitos na cidade
Em 2019, foram registrados três óbitos em Ribeirão Preto por causa da dengue. Os pacientes são um homem de 73 anos, hospitalizado durante 16 dias com diagnóstico de dengue confirmado, portador de doenças associadas, que evoluiu com pneumonia e faleceu no dia 22 de abril, e uma mulher de 44 anos, também portadora de doenças associadas. Em julho, uma mulher de 53, sem comorbidades, faleceu por causa da doença.
Chikungunya, zika vírus, microcefalia e febre amarela e gripe H1N1
Em relação à chikungunya, nenhum caso de doença foi registrado no último mês de dezembro, assim como ocorreu no mesmo período de 2018.
Em dezembro de 2019, foram notificados e investigados três casos de zika vírus em Ribeirão Preto, mas nenhum confirmado. Casos de microcefalia ou outras alterações neurológicas possivelmente relacionadas à infecção pelo zika vírus também não foram registrados.
De acordo com o Boletim Epidemiológico, não houve registro de febre amarela em dezembro de 2019 na cidade. O último caso confirmado ocorreu em 2016.
Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (gripe causada pelo vírus Influenza), foram confirmados 62 casos da doença em 2019 na cidade e 13 óbitos.
Sarampo
Em dezembro, não foi confirmado nenhum caso de sarampo em Ribeirão Preto e dois estão sob investigação. Em 2019, 77 pessoas foram acometidas pela doença.
O Boletim Epidemiológico está disponível na página da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.