Tremores em Jurupema os motivos são ainda desconhecidos

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Luisinho enviou pedidos para pelo menos quatro universidades que pudessem se interessar pelas pesquisas no distrito.
A boa notícia é que o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) atendeu ao pedido formal.
Para isso, o Legislativo contou a colaboração do empresário Leonardo Olivério, da Hydra Consultoria, que já tinha contato com o pessoal da USP, precisamente com o técnico em sismologia José Roberto Barbosa.

Há 41 anos na instituição – e há 37 anos lidando com tremores de terra –, o professor Barbosa é um especialista que “põe a mão na massa”.
Já instalou uma rede de sismógrafos ao redor de Jurupema.
Discreto e metódico, como convém a todo pesquisador, ele trabalha ao lado da esposa, Cleusa Aparecida de Campos Barbosa.
No último dia 13, Luisinho foi ver a instalação de mais um desses equipamentos, que servem para medir a intensidade e a frequência dos tremores.

“O objetivo é descobrir o motivo dos abalos e oferecer uma explicação aos moradores. Não só eles, mas todos nós ficamos preocupados”,

afirmou o presidente da Câmara.

Para o alívio de todos, a última movimentação de terra perceptível ocorreu em 19 de abril, após uma temporada de bastante desconforto para a população.

A gente sentia até tontura. A sensação é horrível”, diz Leonardo, que não acredita na ocorrência de um abalo de maior proporção, capaz de causar estragos.
Os fenômenos foram até objeto de investigação da Polícia Civil, conforme relatório enviado à Câmara.
O resultado das apurações indica não há atividades de mineração no local, conforme demonstrou a única pedreira existente na região, que ainda não iniciou a exploração comercial com o uso de explosivos.
Leonardo participou da sessão itinerante realizada em Jurupema na segunda-feira, 16 de maio. Ele explicou, na tribuna livre, que já há três sismógrafos em operação e outros dois deverão entrar em funcionamento até o fim de semana. Eles têm o poder de captar microtemores e enviar as informações em tempo real para a sede a IAG, na capital paulista.

Acomodação das placas tectônicas.
Por enquanto, esta é a hipótese mais provável.  A rede sismográfica montada pela USP no distrito poderá comprovar essas evidências, a partir dos tipos de abalo que forem detectados.