Durante o verão, países tropicais, como o Brasil, recebem maior incidência solar e sofrem mais com os efeitos do calor. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no período dos anos de 2018/2019 a estimativa é de 165.580 novos casos de câncer não melanoma. Em 2016/2017 o número foi de 175.760 casos – isso representa uma queda de 5,7% (mais de 10 mil casos no ano). Apesar da redução, os cuidados diários com a exposição ainda são necessários.
Segundo a oncologista do InORP/Grupo Oncoclínicas Cristiane Mendes, é preciso ficar atento aos primeiros sinais. “Há algumas alterações na pele que podem ser percebidas em casa: pequenas lesões em formas diferentes com bordas, tamanho e cores irregulares ou que mudem de tamanho rapidamente, pequenas feridas que não cicatrizem em 4 semanas, além de outras alterações que podem ser perceptíveis a olho nu, mas é necessário um exame completo com um profissional para dar o diagnóstico preciso”.
Existem dois tipos de câncer de pele, o melanoma, que se origina das células que produzem o pigmento que dá cor à pele, e o não-melanoma – tipo mais comum e de maior incidência no Brasil.
Prevenção
Como todos os tipos de câncer, se descoberto no início, as chances de cura são maiores. A oncologista alerta para algumas medidas preventivas como evitar a exposição solar, principalmente entre os horários das 10h às 16h quando os raios são mais intensos e o uso de protetor solar com fator de proteção 15 ou superior com sua reaplicação a cada 3 horas.
“Pessoas mais claras possuem menos melanina e por isso são mais sensíveis à exposição solar. É importante usar chapéus ou bonés, óculos de sol com proteção solar e roupas que protegem o corpo como blusas de mangas e calças. Crianças e adolescentes também devem evitar a exposição para reduzir o risco de aparecimento de melanoma na fase adulta”.
Cristiane Mendes ainda ressalta que, em caso de aparecimento de qualquer sinal, o importante é procurar um especialista para tirar a dúvida e, caso seja detectado, realizar o tratamento.