Parque Luis Carlos Raya recebe brinquedos inclusivos

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No dia 9 de novembro, próxima sexta-feira, o parque municipal Luis Carlos Raya recebe brinquedos que permitem a inclusão social de pessoas com deficiência. A aquisição dos equipamentos foi realizada pelo projeto Duda Nalini, que propôs ao Instituto Sabin doar os brinquedos para a prefeitura, tornando-os patrimônios públicos.

São três brinquedos inclusivos, sendo uma gangorra, um gira-gira e um balanço, que permitem a colocação de cadeiras de rodas. Este será o quinto espaço público a receber brinquedos inclusivos. As praças Ali Youssef e Mateus Nader Nemer e os parques Tom Jobim e Uber Sul Roberto Francói já contam com esses equipamentos.

De acordo com o chefe de Divisão de Parques e Praças Públicas, Hamilton de Oliveira Júnior, “a importância dessa ação é dar a possibilidade de todas as crianças brincarem juntas, no mesmo brinquedo”.

Os brinquedos foram instalados na segunda-feira (05), mas são necessários três dias após a colocação para iniciar o uso. A criadora do Projeto Duda Nalini, Selma Nalini, explica que durante esse tempo e também depois, ações de conscientização do uso correto são essenciais.

“O mau uso dá problemas de segurança tanto para as crianças que têm o brinquedo destinado a elas, quanto àquelas que não necessitam usar as partes especiais dos brinquedos”, explica.

Conscientização na escola

Após diversas ações nos locais em que há os brinquedos e a colocação de placas, Selma percebeu que a conscientização era mais eficiente quando passada da criança para o adulto. “É mais fácil mudar o que está aprendendo agora do que alguém já formado na vida”, comenta Selma.

Com esse pensamento, foi criada uma nova parceria com a prefeitura. A Secretaria Municipal da Educação e o Projeto Duda Nalini estão realizando ações nas escolas municipais com o tema “Direito de brincar”. “Chego nas salas (de aula) e falo que todos têm direito de brincar.  Se brincar é para todos, então vamos todos cuidar dos equipamentos”, fala a criadora do projeto.

Para aumentar a conscientização do uso correto dos equipamentos, Selma comenta sobre mais uma ação, a criação “de um gibi que será lançado em todas as escolas, públicas e privadas, apontando a importância do brincar junto, do respeito ao outro, da inclusão social que começa no ato de brincar, da preservação das áreas públicas e até se desdobra para outros pontos”. O gibi ainda não tem data de lançamento.

O Projeto Duda Nalini

“Eu levava meus filhos aos parques e o mais novo sempre dizia: ‘mãe, põe a Duda aqui no balanço para brincar comigo’, mas isso era impossível. Então percebi que faltava lazer para as pessoas com deficiência. Eu fazia festas para suprir essa necessidade, mas queria um local que todos pudessem frequentar a hora que quisessem e se divertissem a sua maneira”, explica Selma Nalini, mãe da Maria Eduarda Nalini, cadeirante de 11 anos que dá nome ao projeto.

No dia 24 de junho, o projeto completou um ano e já contemplou quatro locais públicos no município.  A prefeitura sede um local e através de uma parceria privada acontecem as doações dos equipamentos, sendo sempre brinquedos inclusivos e brinquedos comuns. O projeto tem a responsabilidade de comprar, instalar e manter os locais e os novos patrimônios.