Pesquisas mostram que o vírus não está só na pessoa que tem a Covid-19.
Quando alguém espirra, por exemplo, dispersa inúmeras gotículas com vírus; e eles podem sobreviver por muitas horas em diferentes superfícies, como metal, vidro, plástico, porcelana e madeira.
Para eliminar esse e outros agentes contaminantes que ficam pelo chão e em cima dos objetos, o Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, desenvolveu um rodo diferente, como conta o professor Vanderlei Bagnato.
“O rodo UV-C é uma fonte de luz ultraviolenta para o chão e para uso em bancadas, cadeiras, leitos”.
Diretor do Instituto de Física de São Carlos e idealizador do projeto, o pesquisador Valderlei Bagnato explica que a criação do rodo foi uma forma de adaptar o uso de uma tecnologia que já era conhecida.
“O rodo de UV-C é uma engenharia do uso adequado do ultravioleta para descontaminação de supefícies”.
Basta passar o rodo por um minuto em cada metro quadrado do piso para que os agentes sejam destruídos.
” Toda bactéria tem uma membrana, onde contém todo o material. E o ultravioleta consegue fragmentá-la, distruindo totalmente a função do microorganismo”.
Os vírus também não sobrevivem à ação do rodo UV-C.
“No caso do vírus, o UV-C distrói também o material genético atingindo diretamente as bases que formam as moléculas vitais, como o DNA”.
Para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus, os pesquisadores cederam dois rodos à Santa Casa da Misericórdia de São Carlos no final de março. O grupo já desenvolve pesquisas na área há mais dez anos e também tem trabalhado no uso de ultravioleta para deixar alimentos livres de impurezas que não são visíveis a olho nu.