Recentemente o Google divulgou algumas novas normas para sua loja de apps, a Google Play, que disponibiliza uma grande variedade de aplicativos de apostas em muitos países. Até agora, em terras tupiniquins, os apps de jogos de azar já estavam disponíveis para download na Play Store. E com as novas regras, tais aplicativos estarão acessíveis para uma maior quantidade de usuários.
Dessa forma, estará à disposição dos usuários a possibilidade de realizar apostas com dinheiro real em uma variedade maior de jogos, como as loterias (que terão permissão de funcionamento limitada à aprovação da Caixa Econômica Federal) e os de corridas de cavalos. Anteriormente à implementação dessa nova política, os usuários interessados no nicho precisavam baixar o app diretamente no site dos serviços de apostas.
De acordo com a gigante da tecnologia, a partir de agora pode-se publicar diversos apps na Play Store, desde aqueles que contenham cassino online, fantasy Sports, apostas esportivas e loterias.
Além do Brasil, a novidade é válida para outros 15 países: Nova Zelândia, Noruega, Roménia, Espanha, Suécia, Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Japão e México. Contudo, nos EUA por exemplo, a aprovação da nova política irá depender do estado onde o usuário está – já que as apostas esportivas só são permitidas no Colorado, Montana, Iowa e alguns outros estados americanos.
Apesar da novidade ser promissora, as mudanças não são imediatas. Segundo o Google, os criadores dos aplicativos focados na jogatina só poderão publicar seus títulos a partir do dia 1º de março de 2021. Mas não precisa se preocupar, já que há plataformas especializadas no setor que além de oferecerem jogos de alta qualidade contam com bônus de cassinos online, que lhe auxiliam no início da jogatina e aumentam suas chances de prêmio.
Ademais, a empresa de tecnologia frisa que cada país tem seu próprio critério para avaliar os aplicativos, já para que um app de apostas possa ser posto na Google Play, ele terá que seguir diversos requisitos. Alguns deles são: “obedecer a todas as legislações e padrões do setor aplicáveis dos países em que é distribuído”, “ter a classificação “AO” (Adult Only, “somente adultos”), “ser gratuito para download e instalação” e “não pode ser publicado como pago no Google Play nem usar o faturamento do Google Play no app”.
Além dos apps, os seus criadores também devem atravessar um processo de inscrição para poder distribuir o serviço, ter também uma licença para jogos de azar válida em cada país que deseja ofertar seu produto, assim como não deve disponibilizar “jogos de azar que excedam o escopo da licença”.
Caçar “bugs” dá dinheiro
Assim como divulgou as suas novas diretrizes relacionadas a aplicativos de jogos de azar, o Google também revelou quanto gastou com os “caçadores de bugs”. De acordo com a companhia, eles pagaram cerca de US$ 6,7 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões), a pesquisadores em segurança digital que relataram vulnerabilidades sobre os produtos da empresa. A quantia foi dividida entre 662 especialistas de 62 países diferentes. O montante pago em 2020 é cerca de 3% superior ao pago em 2019, quando a gigante da tecnologia acabou desembolsando US$ 6,5 milhões.
Boa parte dos valores pagos foram distribuídos através do Chrome VRP (Vulnerabilities Rewards Program ou Programa de Recompensas para Vulnerabilidades do Chrome), que acabou recompensado os “caçadores” com UR$ 2,1 milhões, aproximadamente 30% do valor total. Logo em seguida, veio o Android VRP, onde os pesquisadores buscam falhas no sistema operacional móvel, e o programa acabou distribuindo US$ 1,74 milhões em recompensas. Além do pagamento aos “caçadores de bugs”, a gigante da tecnologia acabou doando cerca de US$ 400 mil para o programa de bolsas de pesquisa que tem como foco desenvolver inovações para o setor de segurança da informação.