🚨 Zona Leste lidera números, mas faltações de ação efetiva colocam população em risco. Veja o que outras cidades fizeram para conter surtos.
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Em 2025, a dengue já deixou um rastro de tragédia em Ribeirão Preto : nove mortes confirmadas , incluindo uma criança de 5 a 9 anos, e mais de 19.954 casos registrados . Os dados mais recentes do Painel das Arboviroses, divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde, revelam uma situação gravíssima.
A zona Leste é a região mais afetada, com 6.030 diagnósticos positivos , seguida pelas zonas Oeste (4.881), Sul (3.963), Central (2.587) e Norte (2.479). Três óbitos ainda estão sob investigação.
👨🦰 Vítimas da Dengue em Ribeirão Preto
As nove mortes ocorridas até agora têm perfis variados:
- Três homens com 60 anos ou mais
- Duas mulheres e um homem entre 20 e 39 anos
- Uma criança de 5 a 9 anos
- Três casos suspeitos em análise , incluindo duas idosas acima dos 60 anos
Esses números são alarmantes. Eles mostram que a doença atinge tanto os grupos de maior risco, como idosos, quanto jovens e até crianças, evidenciando a gravidade do surto e a fragilidade da rede de atenção à saúde diante da epidemia.
🛑 Governo Assistindo ou Agindo?
O poder público tem sim ferramentas e obrigações legais para agir contra a dengue. Em âmbito federal, o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses estabelece seis eixos fundamentais:
- Prevenção – Campanhas educativas, eliminação de criadouros e vacinação estratégica
- Vigilância – Monitoramento constante de surtos
- Controle vetorial – Uso de larvicidas, Wolbachia e armadilhas
- Organização da rede assistencial – Estruturação de unidades e capacitação médica
- Resposta a emergências – Planos de contingência ágeis
- Comunicação e participação comunitária – Mobilização social constante
Além disso, o Centro de Operações de Emergência (COE) foi criado pelo Ministério da Saúde para articular respostas rápidas em municípios críticos. Mas, apesar dessas diretrizes, Ribeirão Preto parece seguir sem plano claro e eficaz de combate à doença.
🧱 Ações que a Prefeitura Deveria Estar Tomando
Como linha de frente no combate à dengue, o município precisa assumir a responsabilidade com ações práticas e urgentes. Sugestões viáveis incluem:
🔹 Mobilização Comunitária
- Promover mutirões de limpeza nos bairros com apoio de escolas, igrejas e associações
- Criar canais digitais para denúncias de focos de mosquito
- Incentivar a participação popular com campanhas interativas
🔹 Fiscalização e Infraestrutura
- Intensificar vistorias em terrenos baldios e aplicar multas rigorosas
- Utilizar drones para identificar criadouros em locais de difícil acesso
- Melhorar coleta de lixo e saneamento básico
🔹 Educação e Comunicação
- Realizar palestras nas escolas e centros de saúde
- Usar redes sociais, carros de som e rádios comunitárias para alertas constantes
- Produzir material didático acessível para todos os públicos
🔹 Saúde Pública
- Capacitar agentes comunitários para busca ativa de sintomáticos
- Instalar tendas de hidratação em UBSs e pontos estratégicos
- Ampliar uso de inseticidas e equipamentos UBV (ultrabaixo volume)
🔹 Vacinação e Vigilância
- Priorizar vacinação infantil e adolescente com Qdenga
- Garantir abastecimento contínuo de insumos e medicamentos
- Atualizar bases de dados epidemiológicas para tomada de decisão
🌟 Exemplos Bem-Sucedidos Fora de Ribeirão
Cidades como Londrina (PR) , Ibaté (SP) , Wenceslau Braz (PR) e Macaé (RJ) conseguiram reduzir drasticamente os índices de dengue com ações simples, porém bem executadas.
Veja algumas estratégias:
| Cidade | Resultado | Destaque |
|---|---|---|
| Londrina (PR) | Redução de 39 mil para 3 mil casos em 1 ano | Drones, Wolbachia, ovitrampas e vacinação em massa |
| Ibaté (SP) | Controle com educação | Palestras lúdicas em escolas e integração entre secretarias |
| Wenceslau Braz (PR) | Redução de criadouros | Distribuição de livretos e mutirões de limpeza |
| Macaé (RJ) | Baixa hospitalização | Aplicação da vacina Qdenga em polos descentralizados |
💬 “Solução Não Está em Israel, Está Aqui na Porta de Casa”
Enquanto o prefeito Ricardo Silva e o secretário da Saúde viajam ao exterior, a realidade local clama por ações imediatas. Investir em tecnologia e planejamento é essencial, mas não pode ser desculpa para inação local .
A solução está sim dentro da própria cidade: em políticas públicas sérias, transparência e envolvimento direto da população no combate aos focos da dengue.
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📰 Summary in English (As if written by an American journalist):
Ribeirão Preto faces severe dengue outbreak in 2025 with nine deaths and over 20,000 cases, raising questions about public health response.
The Brazilian city of Ribeirão Preto has recorded nine confirmed dengue-related deaths and more than 19,954 cases so far in 2025, according to the latest data from the municipal Health Department. The Eastern district is the most affected, but all areas are struggling with rising infections. While national guidelines and successful strategies from other cities offer clear pathways for containment — including community mobilization, drone surveillance, and vaccination campaigns — critics argue that Ribeirão Preto’s leadership has failed to implement effective measures on time. With preventable deaths, long waiting times for care, and poor infrastructure contributing to the crisis, the city’s situation highlights a growing concern over public health governance.
💬 Mensagem de Motivação Final:
Não podemos assistir passivamente enquanto nossa gente adoece e morre por falta de ação. A saúde pública não é favor, é direito. Que cada família, cada líder comunitário e cada autoridade possa se levantar e fazer sua parte. Porque a vida não espera, e nem devemos esperar por ela.
ASSINATURA: JORNALISTA AIELLO DRT 3895/SP
Em Ribeirão, 10 anos tocando em feridas que são escondidas pela velha mídia.
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