Tabagismo é principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão

Dados da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto apontam que, somente em 2023, foram registrados mais de 2.800 atendimentos na saúde pública relacionados à doença na cidade

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Dados da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto apontam que, somente em 2023, foram registrados mais de 2.800 atendimentos na saúde pública relacionados à doença na cidade
 

Dedicado à conscientização sobre o câncer de pulmão, o mês de agosto traz também um alerta importante quanto ao uso do cigarro, apontado como a causa de morte mais evitável no mundo. Além de estar associado a doenças como acidente vascular encefálico (AVE), infarto, enfisema e bronquite, o hábito é considerado o principal fator de risco para a neoplasia de pulmão. 
 

Um levantamento nacional promovido pela Fundação do Câncer mostra que a maior parte dos pacientes com este tipo de tumor são ou já foram fumantes, sendo 86% dos casos em homens e 72% em mulheres.
 

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“Pessoas que são tabagistas estão altamente suscetíveis ao desenvolvimento do câncer de pulmão. Já os ex-fumantes fazem parte do grupo de risco, porém, estudos já comprovaram que quanto mais cedo parar, menores são as chances de incidência e mortalidade pela doença”, comenta Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
 

O médico destaca, ainda, que o uso de cigarros pode estar diretamente relacionado ao surgimento de outros tumores, como o de fígado, estômago, pâncreas, rins, ureter, colon e reto, bexiga, ovários, colo do útero, cavidade nasal e seios paranasais, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e leucemia mieloide aguda.
 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar, anualmente, mais de 32 mil novos casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão até 2025. Já em Ribeirão Preto, de acordo com os dados da Secretaria Municipal da Saúde, em 2023, foram realizados mais de 2.800 atendimentos relacionados à doença na cidade. 
 

Sintomas e prevenção
 

Os principais sintomas de alerta relacionados ao câncer de pulmão são ligados ao aparelho respiratório, como tosse persistente – podendo ou não ser com sangue –, dor no peito, rouquidão, falta de ar, cansaço, pneumonia recorrente, perda de peso e de apetite.
 

“Em caso de qualquer um desses sinais, é importante procurar um médico para que seja feita uma avaliação a fim de realizar o diagnóstico o mais rápido possível e, consequentemente, aumentar a chance de sucesso do tratamento”, diz o médico. 
 

Segundo Carlos Fruet, parar de fumar é a forma mais eficaz de se prevenir contra o câncer de pulmão. “Manter uma rotina alimentar saudável, praticar atividade física constante e evitar a exposição a agentes químicos também podem contribuir com a prevenção da doença”, conclui. 
 

O oncologista alerta ainda, para a recomendação do rastreio do tumor através da realização da Tomografia de Tórax para pessoas acima de 55 anos, que fumam ou fumaram o equivalente a 1 maço de cigarro ao dia por 30 anos ou mais.
 

Cigarro eletrônico
 

Usado como um substituto do cigarro tradicional, o dispositivo eletrônico, também conhecido como vape, tem atraído principalmente os jovens. Embora a venda do produto seja proibida no Brasil desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comercialização ocorre de maneira ilegal e em larga escala. 
 

Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, constatou que um a cada cinco jovens brasileiros consomem cigarros eletrônicos. O levantamento revela que o dispositivo é mais popular entre pessoas de 18 a 24 anos.
 

De acordo com o oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto, o vape contém substâncias tóxicas – assim como os cigarros tradicionais – e também a nicotina, que geram dependência e são prejudiciais à saúde. “No vapor liberado pelo dispositivo, é possível encontrar elementos como chumbo, propilenoglicol, glicerol, acetona, sódio, alumínio, ferro, entre outros”, detalha. 
 

Carlos Fruet chama a atenção para os sabores e os aromas do dispositivo, que acabam mascarando e tornando os riscos invisíveis aos      usuários. “A preocupação maior é com os jovens, já que o hábito se tornou modismo entre eles. Os danos não podem ser totalmente medidos, mas estamos caminhando para um retrocesso no combate ao tabagismo”, comenta.
 

Sobre a Oncoclínicas&Co
 

A Oncoclínicas&Co. – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer. 
 

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.