Somos todos responsáveis: Ribeirão Preto registra aumento de casos de dengue em maio

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foto arquivo

O Boletim Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira, 3 de junho, pelo Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, mostra que em maio deste ano foram confirmados 1.259 casos de dengue em Ribeirão Preto.

A comparação com o mês maio de 2018 é 3.497,14% maior, quando foram registrados 35 casos da doença na cidade.

Já o número de casos em 2019 é 5.655 pessoas infectadas pela dengue. O número é 2.924,06% maior que o registrado de janeiro a maio de 2018, quando ocorreram 187 registros de dengue.

O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Sandro Scarpelini, afirma que o trabalho de combate e prevenção à dengue na cidade está sendo feito sem trégua. São ações diárias, com equipes de Agentes de Combate a Endemias nas ruas com campanhas de conscientização, treinamentos de equipes e nebulização frequente e os números estão dentro dos parâmetros aceitáveis, se comparado às demais cidades do Estado.

“Mesmo diante de todo o esforço que estamos fazendo, os índices de infestação do mosquito continuam muito altos, mantendo em risco de epidemia a cidade”, alerta o titular da pasta.

Dois óbitos na cidade

No dia 25 de abril, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou o registro de duas vítimas fatais em Ribeirão Preto, em decorrência de casos graves de dengue.

Os pacientes são um homem de 73 anos, hospitalizado por causa de dengue durante 16 dias, portador de doenças associadas, que evoluiu com pneumonia e faleceu no dia 22 de abril, e uma mulher de 44 anos, também portadora de doenças associadas, que esteve internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da avenida Treze de Maio e faleceu  também na segunda-feira, 22, com diagnóstico definitivo para dengue no dia 23.

O Secretário da Saúde ressalta que o Estado de São Paulo vive uma das maiores epidemias de dengue e alerta para os cuidados que devem ser tomados dentro de casa.

“Oitenta por cento dos casos de dengue estão nas casas das pessoas e a conscientização da população é fundamental. Cada morador deve cuidar do seu quintal, eliminando focos de água parada para que o mosquito não se desenvolva, para continuarmos a manter a doença na cidade em patamares baixos e para que não ocorram mais mortes”, alerta Scarpelini.

Chikungunya, zika vírus, microcefalia e febre amarela e gripe H1N1

Já para a chikungunya, o mês de maio não registrou nenhum caso da doença. Em maio de 2018 houve um caso confirmado.

Em maio de 2019 foram notificados e investigados 24 casos de zika vírus, mas nenhum foi confirmado.

Casos de microcefalia ou outras alterações neurológicas possivelmente relacionadas à infecção pelo zika vírus também não foram registrados em maio de 2019.

De acordo com o Boletim Epidemiológico, não houve registro de febre amarela em maio deste ano.  Desde 2016 não há registro de casos da doença em Ribeirão Preto.

Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (gripe causada pelo vírus Influenza H1N1), não foi confirmado nenhum caso da doença em maio deste ano em Ribeirão Preto.