Saúde em Colapso: O Descaso que Ribeirão Preto Não Merece

A saúde pública em Ribeirão Preto está em estado crítico. O que deveria ser um direito básico garantido pelo poder público se transformou em um verdadeiro calvário para a população.

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A saúde pública em Ribeirão Preto está em estado crítico. O que deveria ser um direito básico garantido pelo poder público se transformou em um verdadeiro calvário para a população. Desde a marcação de consultas até o atendimento de emergência, o sistema de saúde municipal falha em oferecer o mínimo de dignidade e eficiência. Enquanto isso, o prefeito Ricardo Silva e os 21 vereadores parecem alheios ao sofrimento diário de milhares de cidadãos. É hora de cobrar respostas e ações concretas.

1. Filas Desumanas e Falta de Eficiência nas UBDS

Imagine acordar às 4h da manhã, enfrentar chuva ou frio, e ficar horas em pé na esperança de marcar uma consulta com um clínico geral. Essa é a realidade diária de muitos ribeirão-pretanos. As Unidades Básicas de Saúde (UBDS) só começam a atender às 7h, mas nem todos que madrugam na fila conseguem agendar suas consultas. Para idosos e pessoas com mobilidade reduzida, a situação é ainda mais cruel.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Por que não há um sistema de agendamento online ou por aplicativo, considerando que a prefeitura já possui o cadastro de todos os pacientes via CPF? Por que não ampliar o horário de atendimento ou aumentar o número de profissionais para reduzir as filas?

TESTEMUNHO:

Meu nome é DONA Antônia, tenho 79 anos e sou moradora de Ribeirão Preto há mais de 50 anos. Hoje, venho aqui expressar minha insatisfação e relatar a dificuldade que enfrentei para tentar marcar uma consulta com um clínico geral na Unidade Básica de Saúde (UBS) do meu bairro.

Na última terça-feira, acordei às 4h da manhã, mesmo com dores nas pernas e dificuldade para me locomover, porque sei que, se não chegar cedo, não consigo vaga. Saí de casa ainda escuro, enfrentei o frio da madrugada e fiquei em pé, esperando, até as 7h, quando abriram o atendimento. Para minha tristeza, quando chegou a minha vez, disseram que as vagas já tinham acabado. Fiquei sem consulta e precisei voltar para casa sem ser atendida.

Isso não é justo! Sou idosa, tenho problemas de saúde que precisam de acompanhamento, e não tenho condições de ficar horas em pé, esperando, sem garantia de ser atendida. Por que não existe um sistema de agendamento online ou por aplicativo? A prefeitura já tem o cadastro de todos nós pelo CPF. Seria tão mais fácil marcar pelo celular ou computador, sem precisar passar por esse sofrimento.

Outra coisa: por que não ampliam o horário de atendimento ou contratam mais médicos? As filas estão cada vez maiores, e pessoas como eu, que já têm dificuldade de locomoção, sofrem ainda mais. Pergunto ao Prefeito e aos Vereadores: o que estão fazendo para melhorar isso? A saúde é um direito de todos, mas está cada vez mais difícil acessar esse direito aqui em Ribeirão Preto.

Espero que meu relato sirva para que vocês entendam a realidade que nós, pacientes, enfrentamos diariamente. Precisamos de mudanças urgentes! Obrigada por ouvirem o meu desabafo.

Dona Antônia, 79 anos, Ribeirão Preto.


2. Receitas Médicas: Burocracia que Sobrecarrega o Sistema

Durante a pandemia, as receitas médicas tiveram validade de um ano, o que facilitou a vida dos pacientes crônicos. Agora, a validade foi reduzida para apenas quatro meses, obrigando os pacientes a marcarem consultas extras apenas para renovar receitas. Isso sobrecarrega ainda mais um sistema já caótico.
Solução Simples: Por que não permitir a renovação de receitas diretamente nas unidades de saúde, sem necessidade de consulta médica? Isso liberaria tempo para que os profissionais atendam casos mais urgentes.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Quem decidiu reduzir a validade das receitas? Qual o custo-benefício dessa medida para a população e para o sistema de saúde?

AQUI É O Antônio, tenho 65 anos e sou paciente crônico, dependente de medicamentos de uso contínuo para controlar minha pressão arterial e diabetes. Venho aqui relatar uma situação que está dificultando muito a minha vida e a de muitos outros pacientes que dependem do SUS.

Durante a pandemia, as receitas médicas tiveram validade de um ano, o que foi uma grande ajuda para pessoas como eu, que precisam de medicamentos constantemente. Eu não precisava me preocupar em marcar consultas apenas para renovar a receita, pois ela durava o ano todo. Agora, a validade foi reduzida para apenas quatro meses, e isso está causando um problema enorme.

Preciso marcar consultas extras só para renovar a receita, mesmo que minha saúde esteja estável e eu não precise de nenhum ajuste no tratamento. Isso não faz sentido! Só estou indo ao médico para pegar um papel que me permita continuar retirando meus remédios de graça. Enquanto isso, as filas nas UBS estão cada vez maiores, e o sistema já está sobrecarregado. Por que não voltam com a validade de um ano para as receitas de pacientes crônicos? Isso aliviaria a pressão sobre as unidades de saúde e facilitaria a vida de quem já enfrenta tantas dificuldades.

Eu entendo que a pandemia foi uma situação excepcional, mas a medida de estender a validade das receitas foi tão boa que deveria ser mantida. Não é justo que eu precise enfrentar filas, perder horas do meu dia e ocupar a agenda dos médicos apenas para renovar uma receita que poderia ter validade maior.

Peço ao Prefeito e aos responsáveis pela saúde pública que reconsiderem essa decisão. Nós, pacientes crônicos, já temos desafios suficientes em nossas vidas. Facilitar o acesso aos medicamentos deveria ser uma prioridade.

Obrigado por ouvirem o meu relato.

Senhor Antônio, 65 anos, Ribeirão Preto.


3. Falta de Tecnologia e Inovação

Em plena era digital, Ribeirão Preto ainda depende de métodos arcaicos para agendamento de consultas. Um simples aplicativo poderia resolver grande parte dos problemas de marcação, reduzindo filas e otimizando o tempo dos profissionais de saúde.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Por que a prefeitura não investe em tecnologia para modernizar o sistema de saúde? O que falta para implementar soluções simples e eficientes?

Meu nome é Antônio Carlos, tenho 30 anos, sou programador e morador de Ribeirão Preto. Venho aqui expressar minha indignação com a falta de modernização no sistema de agendamento de consultas da nossa cidade. Em plena era digital, é incompreensível que ainda dependamos de métodos tão arcaicos, como filas físicas e madrugadas de espera, para marcar uma simples consulta.

Como profissional da área de tecnologia, sei que existem soluções simples e eficientes que poderiam resolver grande parte desses problemas. Um aplicativo de agendamento ou até mesmo um sistema automatizado via WhatsApp para cada UBS já seria um grande avanço. Essas ferramentas são de baixo custo, fáceis de implementar e poderiam reduzir drasticamente as filas, otimizando o tempo dos profissionais de saúde e dos pacientes.

Não entendo por que a prefeitura, que tem acesso a tantos profissionais qualificados, não investe em tecnologia para modernizar o sistema de saúde. Um WhatsApp automatizado, por exemplo, poderia permitir que os pacientes agendassem consultas, recebessem lembretes e até renovassem receitas de forma rápida e prática. Isso já é realidade em muitas cidades do Brasil e do mundo. Por que aqui não?

A impressão que fica é que querem dificultar a vida da população, mantendo um sistema ultrapassado que só gera estresse e desgaste para todos. Pergunto ao Prefeito e aos Vereadores: o que falta para implementar essas soluções? Falta vontade política? Falta priorizar a saúde da população? Falta ouvir quem entende do assunto?

Nós, cidadãos de Ribeirão Preto, merecemos um sistema de saúde eficiente e moderno. Chega de esperar horas em filas, chega de madrugadas no frio, chega de burocracia desnecessária. A tecnologia está aí para facilitar a vida de todos, e é inaceitável que a prefeitura não a utilize em benefício da população.

Espero que meu relato sirva de alerta e que as autoridades tomem providências urgentes. Obrigado por ouvirem o meu desabafo.

Antônio Carlos, 30 anos, programador, Ribeirão Preto.


4. Atendimento Domiciliar: Um Serviço que Não Existe

Pacientes acamados dependem do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), mas a falta de enfermeiros e equipes insuficientes tornam o serviço praticamente inexistente. Muitos idosos e pessoas com doenças crônicas ficam abandonados em casa, sem o cuidado que deveria ser garantido pelo poder público.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Por que não há investimento em equipes suficientes para atender a demanda? Onde está o compromisso com os mais vulneráveis?

SOU APÉNAS MAIS UMA Maria, sou filha e cuidadora da minha mãe, que está acamada há dois anos devido a uma doença crônica. Venho aqui relatar a dificuldade que enfrentamos para conseguir atendimento médico e de enfermagem em casa através do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD). Infelizmente, o que deveria ser um direito garantido pelo poder público se tornou uma luta diária e desgastante.

Minha mãe precisa de cuidados específicos, como curativos, medicação controlada e acompanhamento médico regular. No entanto, o SAD não consegue atender à demanda por falta de enfermeiros e equipes suficientes. Já perdemos a conta de quantas vezes ficamos dias, até semanas, esperando por uma visita que nunca acontece. Quando conseguimos algum atendimento, é sempre corrido e insuficiente para as necessidades dela.

Fala-se muito sobre a preocupação com os idosos e seus direitos, mas, na prática, isso não funciona. Minha mãe, assim como muitos outros idosos e pacientes acamados, está abandonada à própria sorte. Onde está o compromisso do poder público com os mais vulneráveis? Por que não há investimento em equipes suficientes para atender a demanda?

É desesperador ver a pessoa que você ama sofrendo e não ter para onde correr. Já tive que faltar ao trabalho várias vezes para cuidar dela, porque o SAD não apareceu. Já precisei improvisar curativos e medicamentos porque não tive suporte profissional. Isso não é justo! Nós, familiares, não somos preparados para lidar com todas as complexidades de um paciente acamado. Precisamos de ajuda, e o poder público deveria garantir isso.

Pergunto ao Prefeito e aos Vereadores: o que estão fazendo para melhorar o SADE? Quando vão contratar mais profissionais e ampliar o serviço? Minha mãe e tantos outros idosos dependem desses cuidados para ter uma vida digna. Não podemos mais esperar!

Obrigada por ouvirem o meu desabafo. Espero que meu relato sirva para que algo seja feito urgentemente.

Maria, filha e cuidadora, Ribeirão Preto.


5. Especialidades Médicas: Filas Intermináveis

Apesar da recente campanha do prefeito para reduzir as filas de espera por especialidades, a situação ainda está longe do ideal. Pacientes esperam meses por consultas que podem ser de extrema urgência.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: A campanha é apenas um paliativo? O que será feito para garantir um atendimento especializado ágil e eficiente?

Meu nome é Helena, sou filha e cuidadora da minha mãe, que faleceu no ano passado após anos de sofrimento e descaso por parte do sistema de saúde de Ribeirão Preto. Venho aqui relatar a triste realidade que vivemos e que, infelizmente, ainda persiste para muitas famílias.

Minha mãe ficou oito anos esperando por uma consulta oftalmológica. Quando finalmente foi atendida, seu estado já era irreversível. Ela perdeu a visão de um olho e teve a qualidade de vida drasticamente reduzida por causa da demora no atendimento. Isso não deveria acontecer em uma cidade como a nossa, que se orgulha de ser referência em saúde. O que adianta o prefeito lançar campanhas para reduzir filas se, na prática, os pacientes continuam esperando meses ou até anos por consultas que podem ser de extrema urgência?

Além disso, minha mãe também sofria de demência, e eu, como cuidadora, enfrentei muitas dificuldades para encontrar profissionais especializados que pudessem dar suporte a ela e à nossa família. A rede pública simplesmente não oferece atendimento eficiente para pacientes com demência. Faltam médicos, faltam equipes multidisciplinares e, principalmente, falta empatia e compromisso com os mais vulneráveis.

Pergunto ao Prefeito e aos Vereadores: a campanha para reduzir filas é apenas um paliativo? O que será feito de fato para garantir um atendimento especializado ágil e eficiente? Quantas outras pessoas precisarão sofrer como minha mãe até que algo mude?

A saúde pública não pode ser tratada como um jogo de números ou campanhas de marketing. Precisamos de ações concretas, investimentos em profissionais especializados e um sistema que funcione de verdade. Minha mãe perdeu a visão e a dignidade por causa da negligência do poder público. Quantas outras histórias como a dela precisaremos ouvir até que algo seja feito?

Obrigada por ouvirem o meu relato. Espero que meu desabafo sirva para alertar sobre a urgência de mudanças no sistema de saúde de Ribeirão Preto.

Helena, filha e cuidadora, Ribeirão Preto.


6. Parcerias com Hospitais: Supervisão Falha

Hospitais como a Beneficência Portuguesa, que deveriam ser parceiros do SUS, tratam os pacientes com descaso. Pacientes são deixados em corredores, sem alimentação adequada ou privacidade, em condições que ferem a dignidade humana.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Onde está a supervisão da Secretaria de Saúde e dos vereadores sobre essas parcerias? Por que permitir que hospitais tratem os cidadãos com tamanho desrespeito?

Meu nome é Viviam, sou filha e cuidadora do meu pai, de 92 anos, que recentemente passou por uma situação desumana e indigna em um dos hospitais que deveriam ser parceiros do SUS aqui em Ribeirão Preto. Venho aqui relatar o descaso que ele e muitos outros pacientes enfrentam diariamente.

Meu pai estava na UPA do Sumarezinho e foi regulado para a Beneficência Portuguesa. No entanto, ao chegar lá, ele foi simplesmente colocado em uma maca no corredor, junto com vários outros pacientes, sem privacidade, sem alimentação adequada e sem o mínimo de dignidade. Ele, que já está fragilizado pela idade e por problemas de saúde, foi tratado como um número, não como um ser humano que merece respeito e cuidado.

Foi só após a intervenção do Portal em Ribeirão e do vereador Dedé que a situação foi resolvida. Mas pergunto: por que precisamos chegar a esse ponto? Onde está a supervisão da Secretaria de Saúde e dos vereadores sobre essas parcerias? Como permitem que hospitais, que recebem recursos públicos, tratem os cidadãos com tamanho desrespeito?

A Beneficência Portuguesa, assim como outros hospitais que atendem pelo SUS, tem a obrigação de oferecer um atendimento digno e humanizado. No entanto, o que vemos são pacientes abandonados em corredores, sem assistência adequada e sem qualquer preocupação com o bem-estar deles. Isso é inaceitável!

Peço ao Prefeito e aos vereadores que fiscalizem essas parcerias com mais rigor. Os hospitais que não cumprem com suas obrigações devem ser responsabilizados. Nós, cidadãos de Ribeirão Preto, merecemos um sistema de saúde que funcione e que trate as pessoas com o respeito que merecem.

Obrigada por ouvirem o meu relato. Espero que essa situação sirva de alerta para que mudanças sejam feitas e que ninguém mais precise passar pelo que meu pai passou.

Viviam, filha e cuidadora, Ribeirão Preto.


7. Atendimento Psiquiátrico: Um Absurdo que Choca

A falta de atendimento psiquiátrico é alarmante. Pacientes que precisam de internação são mantidos em salas de medicação de UPAs, sem acompanhamento médico ou psicológico, em condições insalubres.
Solução Simples: Por que não liberar o paciente para casa e agendar a internação quando houver vaga? Enquanto isso, o acompanhamento poderia ser feito por videochamadas.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Até quando os pacientes psiquiátricos serão tratados como um incômodo, e não como pessoas que precisam de cuidado e respeito?

sOU Luiz, tenho 61 anos e sofro com depressão há anos. Nos últimos tempos, minha condição piorou drasticamente, a ponto de desenvolver desejos suicidas. Busquei ajuda, mas o que encontrei foi um verdadeiro descaso por parte do sistema público de saúde.

Por duas vezes, fui atendido na UPA da 13 de Maio, onde os médicos reconheceram a gravidade do meu caso e prescreveram minha internação imediata. Também fui avaliado por uma psiquiatra do meu plano particular, que sequer me deixou sair do consultório, exigindo que minha esposa e minha filha me levassem direto para a UPA.

O problema? Não há estrutura para atender pacientes psiquiátricos em crise. Em vez de receber os cuidados necessários, fui mantido em uma sala de medicação, sem qualquer acompanhamento digno, sem suporte psicológico, sem um plano real para minha recuperação. O que acontece com quem não tem plano de saúde, nem família para brigar por atendimento?

A solução parece simples: por que não liberar o paciente para casa e agendar a internação assim que houver vaga, com acompanhamento remoto por videochamada enquanto isso? Quantas vidas mais precisarão ser perdidas para que as autoridades tomem providências? Prefeito, vereadores, vocês acham que pacientes psiquiátricos são apenas um incômodo? Ou será que nossas vidas também importam?

Enquanto o poder público cruza os braços, quantas pessoas estão morrendo em silêncio?


8. Atendimento Desumano e Falta de Empatia

Funcionários públicos, pagos com o dinheiro do contribuinte, muitas vezes tratam os pacientes como se estivessem fazendo um favor. O tão falado “atendimento humanizado” parece uma piada de mau gosto.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: O que está sendo feito para melhorar a capacitação e a sensibilização dos profissionais de saúde? Onde está a fiscalização sobre o atendimento ao cidadão?

Meu nome é Luciana, tenho 29 anos e estou grávida do meu primeiro filho. Venho aqui relatar uma situação que me deixou profundamente triste e indignada com o atendimento que recebi em uma unidade de saúde pública de Ribeirão Preto.

Desde o início da minha gravidez, tenho enfrentado dificuldades para ser atendida com respeito e dignidade. Em várias ocasiões, fui tratada como se estivessem me fazendo um favor, como se eu não tivesse direito a um atendimento de qualidade. Funcionários públicos, pagos com o dinheiro do contribuinte, agem com indiferença e, muitas vezes, com grosseria. O tão falado “atendimento humanizado” parece uma piada de mau gosto.

Em uma das minhas consultas de pré-natal, precisei esperar horas para ser atendida, mesmo com hora marcada. Quando finalmente fui chamada, a médica não olhou na minha cara, não me examinou direito e ainda fez comentários desnecessários sobre o meu peso. Senti-me humilhada e desamparada. Isso não é o que eu esperava do sistema de saúde da minha cidade.

Pergunto ao Prefeito e aos Vereadores: o que está sendo feito para melhorar a capacitação e a sensibilização dos profissionais de saúde? Onde está a fiscalização sobre o atendimento ao cidadão? Como gestante, eu deveria receber um cuidado especial, mas o que vejo é um descaso generalizado.

A gravidez é um momento delicado e cheio de incertezas. Precisamos de um atendimento que nos acolha, que nos dê segurança e que trate a gente como seres humanos, não como números ou incômodos. Peço que as autoridades tomem providências urgentes para melhorar o atendimento nas unidades de saúde. Nós, cidadãos de Ribeirão Preto, merecemos respeito e dignidade.

Obrigada por ouvirem o meu relato. Espero que minha experiência sirva para alertar sobre a necessidade de mudanças no sistema de saúde da nossa cidade.

Luciana, 29 anos, gestante, Ribeirão Preto.


9. Regulação que Não Funciona

Pacientes são regulados para hospitais que supostamente têm vagas, mas ao chegar, são abandonados em corredores. Se a vaga não existe, por que não mantê-los nas UPAs, onde pelo menos há alimentação e condições mínimas de dignidade?
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: Quem é responsável por essa falha na regulação? O que será feito para evitar que pacientes sejam tratados como mercadorias?


10. Crescimento Populacional x Falta de Infraestrutura

Ribeirão Preto tem quase 700 mil habitantes, mas o sistema de saúde não acompanhou esse crescimento. A falta de planejamento e investimento em infraestrutura é evidente.
Pergunta ao Prefeito e Vereadores: O que está sendo feito para garantir que o crescimento da cidade seja acompanhado por melhorias reais na saúde pública?

Sou Claudinei, nasci em Ribeirão Preto há 39 anos e conheço bem a realidade desta cidade. Sempre ouvimos falar que Ribeirão é um polo da medicina, que tem um dos maiores números de universidades na área da saúde e mais hospitais por habitante do que muitas cidades do Brasil. Tudo isso fica lindo na propaganda, mas a verdade para quem precisa de atendimento médico é outra: caos, abandono e descaso.

Enquanto vendem a imagem da “Califórnia Brasileira”, pacientes sofrem nas filas intermináveis, sem especialistas, sem vagas para internação, sem estrutura. A saúde pública daqui não condiz com o marketing feito para atrair investidores e estudantes. Para quem depende do SUS, a situação é dramática e humilhante.

Até quando a cidade será referência em medicina apenas no papel, enquanto seus próprios moradores padecem sem atendimento?


Conclusão:

A saúde pública em Ribeirão Preto está em frangalhos. O descaso do poder público é evidente, e a população sofre as consequências. O prefeito Ricardo Silva e os 21 vereadores precisam assumir suas responsabilidades e agir imediatamente. A população não pode mais esperar por promessas vazias. É hora de cobrar resultados, transparência e, acima de tudo, respeito.
Pergunta Final: Até quando os cidadãos de Ribeirão Preto terão que pagar com sua saúde e dignidade pela incompetência e falta de vontade política?


Chamada para Ação:
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