Obesidade está presente em metade dos internamentos por COVID-19 nos EUA e na França

A condição crônica com a associação mais forte foi a obesidade, substancialmente mais alta do que qualquer doença cardiovascular ou pulmonar

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foto arquivo
Obesidade está presente em metade dos internamentos por COVID-19 nos EUA e na França

COVID-19 na cidade de Nova York “, publicada em 11 de abril no servidor de pré-impressão medRx, o estudo constatou que a obesidade, que é uma doença inflamatória, foi o maior fator decisivo nas internações, depois da idade, o que pode indicar o papel das reações hiperinflamatórias que ocorrem nas pessoas com a doença.

“A condição crônica com a associação mais forte com doenças críticas foi a obesidade, com uma razão de chances substancialmente mais alta do que qualquer doença cardiovascular ou pulmonar”, escreveu o principal autor Christopher M. Petrilli, da NYU Grossman School.

NA FRANÇA ESTUDO APONTA RISCO ELEVADO PARA OBESOS
Outro estudo francês – publicado pelo Instituto Lille Pasteur, trabalho da Universidade de Lille, o Departamento de Terapia Intensiva e o Centro Integrado de Obesidade da cidade francesa de Lille – aponta que a obesidade está associada a casos mais graves de COVID-19, quando requer uso de respiradores.

Segundo a pesquisa, a gravidade da doença aumenta de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) do paciente. O resultado mostra que, de maneira geral, 68,6% dos pacientes com IMC acima de 30 e obesidade grave precisaram de ventilação mecânica durante o internamento. A proporção de pacientes que necessitaram de ventilação mecânica foi maior nos pacientes com IMC >35 kg/m2 (85,7%).

Neste estudo de coorte retrospectivo, eles analisaram a relação entre as características clínicas, incluindo o índice de massa corporal (IMC) e a necessidade de ventilação mecânica invasiva (VMI) em 124 pacientes consecutivos internados em terapia intensiva por SARS-CoV-2, em um único centro francês.

CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA
Em contrapartida, pacientes que perderam peso, inclusive o que passaram pela cirurgia bariátrica e metabólica não são considerados grupo de risco. Segundo a SBCBM, os cuidados dos pacientes bariátricos devem ser os mesmos de uma pessoa normal – a não ser os pacientes com idade avançada que, assim como os demais devem redobrar os cuidados. “O paciente que passou pela cirurgia perdeu peso, reduziu as doenças associadas e teoricamente está com mais saúde. Sua respiração, sistema fisiológico e metabolismo estão melhores do que se estivesse ainda com a obesidade.

Os benefícios da cirurgia bariátrica são importantes no enfrentamento de qualquer epidemia”, comenta Marcos Leão.