Atualização para a investigação de Trombose com contexto da vacinação contra a covid-19

Nós avisamos e fomos chamados de negacionistas, agora eles sabem mas ninguem te conta. Existe um protocolo dO mIn. da saude que fala sobre a trombose causada pela picada. Saiba mais

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Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis
Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações
NOTA TÉCNICA Nº 933/2021-CGPNI/DEIDT/SVS/MS

CONTEXTUALIZAÇÃO


2.1. Desde meados de fevereiro de 2021, vários países europeus (por exemplo, Áustria, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Reino Unido) e Austrália
relataram casos de trombose com síndrome de trombocitopenia (TTS) em pessoas que receberam a vacina que utilizam plataformas de vetor viral não
replicante, Covishield (AstraZeneca/Oxfod) e mais recentemente nos EUA com a vacina Janssen. Em alguns países da União Europeia, o uso da vacina
Covishield (AstraZeneca/Oxford) foi temporariamente suspenso, como uma medida de precaução, devido a relatos de ocorrência de distúrbios de coagulação
em pessoas que receberam a vacina. Após este fato, em 17 de março de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou um sinal de segurança sobre
o imunobiológico


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.
2.2. Trata-se de uma síndrome rara de trombose, frequentemente trombose do seio venoso cerebral e trombocitopenia, é destacada como
afetando pacientes de todas as idades e ambos os sexos sendo que atualmente não há um sinal claro de fatores de risco. A explicação plausível para a
combinação de formação de coágulos sanguíneos e trombocitopenia seria o desencadeamento de uma resposta imunológica contra o fator plaquetário 4,
que levaria a um grande aumento na ativação e no consumo plaquetários, de forma semelhante à uma condição observada eventualmente em pacientes
tratados com heparina (trombocitopenia induzida por heparina – HIT). Em relação às vacinas COVID-19, utiliza-se o termo Síndrome de Trombose com
Trombocitopenia (TTS) para a avaliação desses eventos3
. Considerando a potencial gravidade da síndrome é fundamental que os profissionais de saúde
estejam atentos para a ocorrência da mesma e para o manejo adequado.
2.3. Ante o exposto acima, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) segue monitorando os eventos adversos pós-vacinações (EAPV) e a segurança
das diferentes vacinas covid-19 utilizadas no Brasil e estabelece estes eventos tromboembólicos como eventos adversos de interesse especial (EAIE). Por meio
desta Nota Técnica, o PNI visa atualizar a orientação para investigação e manejo da Síndrome de Trombose com Trombocitopenia no contexto da vacinação
contra a covid-19 no Brasil, bem como a conduta frente a ocorrência destes eventos.

  1. INVESTIGAÇÃO DA SÍNDROME DE TROMBOSE COM TROMBOCITOPENIA OU THROMBOSIS THROMBOCYTOPENIA SYNDROME (STT OU TTS)
    3.1. Os EAPV de trombose com plaquetopenia raros descritos em países europeus ocorreram dentro de um período de 30 dias após a vacinação
    (mais comumente entre 4 e 30 dias), numa incidência aproximada de 1 caso a cada 100 mil doses aplicadas, ou seja, 0,001% dos indivíduos vacinados.
    3.2. A maior parte desses vem ocorrendo em indivíduos com menos 60 anos de idade e avalia-se uma frequência maior em mulheres, porém isto
    pode ter ocorrido apenas pela maior prevalência do sexo feminino no grupo de vacinados. Devido à raridade das ocorrências, ainda não foi possível identificar
    fatores de risco associados à síndrome.
    3.3. As formas clínicas mais frequentemente reportadas foram de trombose de seio venoso cerebral (ou trombose venosa cerebral), mas também
    há relatos de trombose de veias intra-abdominais, tromboembolismo pulmonar e tromboses arteriais. Pode ocorrer sangramento de forma significativa e
    inesperada.
    3.4. É importante que a trombose seja confirmada por método de imagem adequado para a localização do evento. Além disso, para a
    caracterização da síndrome, deve haver plaquetopenia associada, definida pela contagem de plaquetas em hemograma abaixo de 150.000/mm³, sendo que
    a plaquetopenia deverá idealmente ser confirmada por microscopia.
    3.5. O fluxograma com orientações de investigação e manejo dos casos suspeitos da síndrome de TTS encontra-se no Anexo 1 (0021974341), abaixo
    o detalhamento do protocolo de investigação laboratorial.
  2. PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DA SÍNDROME DE TROMBOSE COM TROMBOCITOPENIA (STT/TTS) – ANTI-PF4 E TESTE
    FUNCIONAL
    4.1. COLETA E ENVIO DAS AMOSTRAS
    As amostras devem ser coletadas na unidade de atendimento do caso ou de internação, preferencialmente, antes do início da terapia (infusão
    de imunoglobulina) da STT/TTS. No entanto, se não for possível, a coleta deve ser realizada mesmo após o início do tratamento.
    A vigilância epidemiológica deve ser informada sobre a investigação do caso e informar ao LACEN local sobre o envio das amostras. Ainda o
    profissional de saúde responsável pelo paciente deverá realizar a notificação do caso no sistema e-SUS notifica, módulo de eventos adversos pós vacinação
    (https://notifica.saude.gov.br/).
    O envio das amostras ao LACEN é de responsabilidade dos municípios seguindo os fluxos já estabelecidos para as demais investigações.
    As vigilâncias epidemiológicas estaduais devem fazer a interlocução entre a unidade que coleta a amostra e o LACEN. Consulte em seu estado o
    contato do LACEN local para verificar dias e horários de recebimento das amostras.
    4.1.1. Coleta e tipo de amostras
    Coletar amostras de sangue em tubos contendo citrato de sódio (tampa azul), com volume adequado para cada tipo de tubo,
    preferencialmente, antes do início do tratamento. Em virtude das unidades de saúde poderem apresentar diferentes tamanhos e marcas de tubo contendo
    citrato, podendo-se optar pelo maior tubo disponível, sugere-se a coleta de no mínimo 2 frascos contendo 4,5 ml cada.
    Os tubos devem vir identificados com uma etiqueta adesiva, com o nome completo do paciente, data de nascimento e a data da coleta da
    amostra.
    Os tubos devem ser acompanhados do FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DA SÍNDROME DE TROMBOSE
    COM TROMBOCITOPENIA (TTS) – ANTI-PF4 E PROVAS FUNCIONAIS. Anexo 2 – (0021974430).

SEGUE LINK COM PROTOCOLO COMPLETO E FORMULARIO PARA SOLICITAÇÃO DE EXAMES QUE DEVE SER FEITO GRATUITAMENTE NO MUNICIPIO.